ASurf? Sim, é o novo nome da Autoestrada do Oeste
A Autoestrada do Oeste vai mudar de nome. Para que o surf reforce a sua notoriedade nacional e internacional. A nova ASurf é anunciada amanhã em Peniche.
As autoestradas também mudam de nome e, agora, é a do Oeste (A8) que vai passar a chamar-se ASurf, ou Autoestrada do Surf, apurou o ECO. O anúncio deverá ser feito já na amanhã, no Forte de Peniche, aproveitando mais uma etapa do circuito mundial de Surf, prevista para começar no dia 19 de outubro.
A iniciativa é do Ministério da Economia e do Turismo de Portugal em coordenação com a própria Brisa, a Lena e MSF, as empresas que controlam a Autoestradas do Atlântico, que tem a concessão da atual A8, e quer, claro, dar notoriedade a um desporto que, em Portugal, tem condições naturais únicas. A ASurf passa pelos três principais spots do surf em Portugal, Ericeira, a Nazaré e Peniche. A etapa mundial em Peniche, mais uma, é a oportunidade para pôr Portugal no mapa internacional de forma criativa.
Há ainda um processo formal para a mudança de nome da autoestrada que liga Loures (CREL) a Leiria, envolvendo os institutos e entidades que regulam as estradas no país, do Ministério do Planeamento, mas a marca ASurf vai começar a ser usada de imediato. Até ao momento, não possível obter esclarecimentos do Ministério da Economia, tutelado por Manuel Caldeira Cabral, sobre esta iniciativa, mas será o próprio ministro a apresentar a mudança de nome na conferência de Imprensa.
Os números da etapa de Peniche do ano passado serviram também para justificar esta mudança. De acordo com um estudo apresentado em março deste ano por João Paulo Jorge, do Instituto Politécnico de Leiria, o impacto económico da prova do ano passado foi superior a 10,5 milhões de euros.
A equipa coordenado por João Paulo Jorge concluiu que os gastos médios por dia dos 100 mil visitantes em Peniche rondaram os 77,5 euros. E, claro, aqui, os estrangeiros que visitaram a zona do Oeste foram responsáveis por um gasto médio superior a 148 euros. Além destes valores, cerca de 7,7 milhões de euros, a organização do próprio evento foi responsável por um volume de despesa de cerca de 1,6 milhões de euros. É o ‘surfeconomics’ a ganhar volume.
Para um país que tem no mar uma prioridade política no discurso e que ano após ano vai desperdiçando o seu valor económico, o surf e toda a atividade que o suporta são fatores distintivos do ponto de vista do turismo de mar no mercado internacional.
O sucesso do surf em Portugal ganhou um novo fôlego quando Garrett McNamara bateu um recorde mundial com a maior onda surfada na Nazaré, em novembro de 2011. Aliás, o surfista, diversas vezes premiado, não se cansou de dizer que a Nazaré era um dos segredos mais bem guardados do mundo por causa das maiores ondas que tinha visto. Desde então, as ondas portuguesas estão no roteiro dos principais surfistas internacionais. E são muitos os vídeos no youtube a provar isso mesmo.
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