Costa respeita moção de censura do CDS: “É perante a AR que o Governo tem de responder”

  • Margarida Peixoto
  • 17 Outubro 2017

António Costa evitou responder sobre se deve pedir desculpas aos portugueses pelas consequências dos incêndios e defendeu que "o essencial" agora é trabalhar para reconstruir os territórios.

“Respeito, é um direito constitucional do CDS. A legitimidade do Governo resulta da Assembleia da República, é perante a Assembleia da República que o Governo tem de responder” — foi assim que o primeiro-ministro, António Costa, respondeu à intenção anunciada pelos centristas de apresentar no Parlamento uma moção de censura ao Governo.

Depois de um encontro com os autarcas, na Lousã, o primeiro-ministro defendeu que a moção de censura faz parte do modo de funcionamento normal do sistema democrático português. Entretanto, o PSD já mostrou abertura para votar favoravelmente a moção dos centristas.

Em declarações transmitidas pela RTP3, António Costa explicou aos jornalistas que ficou definido com os autarcas um plano de trabalho para as próximas duas semanas para se fazer o levantamento de todos os danos materiais que resultaram dos incêndios ocorridos na noite de domingo para segunda-feira, que tiraram a vida a, pelo menos, 41 pessoas e fizeram dezenas de feridos.

“Agora há que arregaçar as mangas e tratar de reconstruir ao mesmo tempo que respondemos as necessidades imediatas”, disse o primeiro-ministro, referindo-se à urgência de repor o abastecimento de água e eletricidade, bem como das redes de comunicações.

Questionado pelos jornalistas se não deveria pedir desculpas aos portugueses pelas tragédias dos incêndios, Costa evitou responder. “Temos de nos concentrar no que é essencial; o que é essencial é trabalhar com os autarcas e as operadoras na reconstrução dos territórios”, argumentou, lembrando ainda a necessidade de revitalizar as economias.

Embora não haja ainda uma estimativa dos prejuízos materiais, Costa sinalizou que os incêndios deste outubro provocaram mais danos materiais do que os de junho. “O que aconteceu neste domingo não tem paralelo, em dimensão de danos materiais, com o que aconteceu com outros incêndios anteriores,” disse, sublinhando que “isso hoje exige um esforço gigantesco”.

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