BPI vê sinais “positivos” na banca portuguesa

"Tendências positivas na qualidade dos ativos e nos volumes e taxas de juro dos créditos", resumem os analistas do BPI, numa nota de research favorável ao setor financeiro nacional.

O BPI volta a dar boa nota aos bancos portugueses. Depois de ter reiniciado a cobertura sobre o BCP com boas indicações, a casa de investimento regista agora “tendências positivas” na banca nacional, sobretudo no que diz respeito à qualidade dos ativos e ao volume e taxas de juro dos créditos.

Os analistas começam por salientar a redução do crédito malparado (os chamados non performing loans, NPL), um dos problemas que falta resolver no sistema financeiro nacional. De acordo com o Banco de Portugal, o rácio dos NPL teve uma queda mensal três pontos base em agosto para 7,74%. Além disso, o montante de malparado caiu 1% numa base mensal (-15% face em termos anuais). Por segmento, os analistas do BPI destacam a queda do incumprimento nas empresas, cujo rácio caiu nove pontos para 13,95%.

Por outro lado, numa altura em taxas de juros nos empréstimos estão a subir em todos os segmentos, o BPI nota que os custos dos novos depósitos estão mais baixos, tendo caído para 0,25%.

E isto acontece num cenário de estabilização no volume de empréstimos concedidos. “O crédito total ficou inalterado face ao mês anterior”, frisam os analistas, sublinhando o crescimento do empréstimo ao consumo. Já os depósitos sofreram uma ligeira quebra mensal de 1%.

Recentemente, o BPI retomou a cobertura das ações do BCP com relativo otimismo, atribuindo ao banco um potencial de valorização de 35% face à cotação da altura. Comentou que o banco liderado por Nuno Amado está “a caminho de alcançar os objetivos de redução do NPE [non performing exposure]” e deve, por isso, tornar-se “numa história de recuperação dos resultados”, suportada pelo aumento da margem financeira.

Nota: A informação apresentada tem por base a nota emitida pelo banco de investimento, não constituindo uma qualquer recomendação por parte do ECO. Para efeitos de decisão de investimento, o leitor deve procurar junto do banco de investimento a nota na íntegra e consultar o seu intermediário financeiro.

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