Broadcom oferece 103 mil milhões. Qualcomm deverá rejeitar
É oficial: a Broadcom pretende comprar a Qualcomm por 103 mil milhões de dólares. Contudo, a rival da Intel deverá rejeitar a oferta.
Pode vir a ser o maior negócio tecnológico da história. A Broadcom anunciou esta segunda-feira que fez uma oferta de 103 mil milhões de dólares pela Qualcomm, assumindo as dívidas da empresa. A proposta prevê que os acionistas recebam 70 dólares por ação, segundo o Financial Times, o que se traduz em 60 dólares em dinheiro e 10 dólares em ações da Broadcom. Contudo, o negócio não deverá concretizar-se com a esperada rejeição por parte da Qualcomm.
A concretizar-se, a operação avaliaria o capital da Qualcomm em 103 mil milhões de dólares. A proposta da Broadcom representa um prémio de 28% face à cotação de fecho da Qualcomm da passada quinta-feira, depois de ter vindo a público que havia uma oferta a ser preparada. “A nossa proposta dá aos acionistas da Qualcomm um prémio substancial e imediato em dinheiro pelas suas ações, assim como a oportunidade para participar no potencial do grupo resultante”, afirmou Hock Tan, CEO da Broadcom, ao FT.
Contudo, o negócio deverá ter vários problemas. Em primeiro lugar porque os gestores da Qualcomm vão recomendar aos acionistas que rejeitem esta operação. Fontes próximas da empresa afirmaram ao FT que a proposta deverá ser rejeitada uma vez que os riscos com os reguladores são muito elevados.
Mesmo que ultrapasse esta barreira, a Broadcom deverá ter de enfrentar os reguladores do setor perante uma proposta que constitui um grupo com mais de 200 mil milhões de dólares de capital. A fusão das duas empresas criaria um gigante que controlaria as peças essenciais para qualquer empresa que queira construir um smartphone, segundo a Bloomberg.
(Notícia corrigida: gralha atribuía no título valor de 130 mil milhões de dólares à oferta. Valor correto são 103 mil milhões de dólares.)
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