Alta do petróleo deixa Wall Street à deriva. Qualcomm sobe 5%
Qualcomm avança 5% mas preço fica longe da oferta de compra lançada pela rival Broadcom, sinal de desconfiança do mercado quanto ao sucesso daquele que pode ser o maior negócio tecnológico de sempre.
A subida dos preços do petróleo está a condicionar a abertura das bolsas norte-americanas esta segunda-feira, num dia marcado pela visita do Presidente norte-americano ao Japão.
O barril de Brent, que serve de referência para as importações nacionais, avança 0,81% para 62,57 dólares, ao mesmo tempo que o contrato WTI (negociado em Nova Iorque) ganha 0,65% para 55,98 dólares. São subidas que acontecem depois de a Arábia Saudita ter mandado prender mais de uma dezena de indivíduos, entre príncipes, milionários e ministros, todos acusados de corrupção. Um dos envolvidos é o príncipe Alwaleed, que detém posições no Citigroup e Twitter, entre outras grandes empresas.
Neste cenário, Wall Street encontra-se à deriva, com o índice de referência mundial, o S&P 500, a perder 0,05% para 2.586,61 pontos, acompanhado pelo industrial Dow Jones, que cede 0,04%. Já o tecnológico Nasdaq ganha 0,08%.
No plano empresarial, as ações da Qualcomm ganham 5% para 64,90 dólares depois de a Broadcom ter lançado um oferta de mais de 130 mil milhões de dólares sobre a fabricante de chips de computador, naquele que pode ser o maior negócio tecnológico de sempre. A Broadcom oferece 70 dólares por ação, tentando convencer os acionistas da Qualcomm com um prémio de 28% face ao preço de fecho de sexta-feira.
O desempenho da Qualcomm — com o título a negociar bem abaixo da contrapartida do rival — deixa antever um cenário complicado para a Broadcom no sucesso da operação. O Financial Times adianta que a administração da Qualcomm deverá recomendar a rejeição da proposta devido aos sérios problemas regulatórios e de concorrência que a oferta deverá levantar junto das autoridades.
Na frente política, o dia fica dominado pela visita de Donald Trump ao Extremo Oriente. O Presidente norte-americano esteve esta segunda-feira no Japão, de onde deve seguir para a Coreia do Sul esta terça-feira. A ameaça nuclear da Coreia do Norte será um dos temas abordados nesta viagem.
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