Portuguesa Feedzai quer chegar à bolsa em três anos
CFO da startup portuguesa pretende lançar IPO dentro de dois a três anos. Filipe Neves quer manter crescimento da Feedzai na ordem dos dois dígitos. Negócios vão atingir os 100 milhões em 2018.
A startup portuguesa Feedzai espera chegar à bolsa dentro de três anos, revelou ao ECO o administrador financeiro da tecnológica portuguesa de data science e inteligência artificial aplicada à prevenção e deteção de fraude em operações bancárias.
“O próximo passo é continuar a crescer pelo menos a dois dígitos ao longo dos próximos anos e eventualmente chegar a uma situação de entrar no mercado de capitais e ser uma das poucas empresas tecnológicas portuguesas a fazer um IPO (initial public offering) e a ir para a bolsa enquanto empresa independente”, referiu Filipe Neves, CFO (chief financial officer) da Feedzai à margem da iniciativa Conversas Soltas promovidas pelo ECO e pelo Banco Popular.
Qual é a previsão da Feedzai para realizar esse IPO? “Dois ou três anos”, adiantou o responsável.
A Feedzai é uma empresa fundada por Nuno Sebastião (atual CEO), Pedro Marques e Pedro Bizarro, tem sede em Coimbra e escritórios em Silicon Valley, nos EUA. Atualmente, trabalham na empresa cerca de 360 pessoas e 2017 deverá terminar com um volume de negócios de 60 milhões. Em 2018, o CEO projeta um crescimento significativo da faturação para os 100 milhões, mais 66% do que este ano.
O próximo passo é continuar a crescer pelo menos a dois dígitos ao longo dos próximos anos e eventualmente chegar a uma situação de entrar no mercado de capitais e ser uma das poucas empresas tecnológicas portuguesas a fazer um IPO e a ir para a bolsa enquanto empresa independente.
Na operação, realizada no mês passado, participaram investidores como a sociedade de capital de risco Sapphire Ventures, de Palo Alto, Califórnia, que reforçou a sua aposta na Feedzai após ter participado numa ronda de financiamento anterior. Pela carteira de investimentos deste fundo de venture capital já passaram empresas como o LinkedIn (entretanto adquirida pela Microsoft) e a Fitbit, ambas cotadas em bolsa por estes dias e com o qual a empresa portuguesa pode contar para trilhar o mesmo caminho em direção ao mercado de capitais.
No fecho da ronda de financiamento, Anders Ranum, da Sapphire Ventures, sublinhou que “a plataforma da Feedzai coloca o poder nas mãos das empresas, processadores e redes de pagamento para gestão dos riscos, ao mesmo tempo que melhoram as receitas”. “Estamos bastante entusiasmados em continuar a apoiar a Feedzai e ajudá-la a crescer ainda mais”, disse Ranum.
No total, a Feedzai já levantou mais de 80 milhões de euros com rondas de financiamento de capital de risco, juntando investidores de relevo como a Oak HC/FT, Capital One Growth Ventures, Citi Ventures, entre outros.
Na última edição das Conversas Soltas, Filipe Neves lembrou que uma startup tecnológica “por natureza, não terá ativos tangíveis fortes e, por isso, terá mais dificuldade em ter financiamento bancário“, o que leva estas empresas a procurar alternativas de financiamento junto dos investidores de capital de risco ou no mercado de capitais.
Enquanto o IPO não acontece, o CFO pretende “garantir que a Feedzai vai continuar a crescer”. “Somos profitable desde o primeiro dia. Tira-nos um grande peso de cima. O capital é aplicado em crescimento e não no dia-a-dia”, disse Filipe Neves.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Portuguesa Feedzai quer chegar à bolsa em três anos
{{ noCommentsLabel }}