Este comprimido tem um sensor. E foi aprovado nos EUA
O regulador farmacêutico dos Estados Unidos deu luz verde a um comprimido que tem um chip. O sensor é capaz de comunicar com uma aplicação no telemóvel e recolhe dados como os padrões de sono.
O regulador farmacêutico norte-americano deu luz verde ao uso de um comprimido com um sensor para tratar a esquizofrenia, bipolaridade e depressão. O medicamento digital chama-se Abilify MyCite e consiste num comprimido equipado com um chip capaz de informar o médico se foi tomado ou não.
O chip, embutido no centro do comprimido, é do tamanho de um grão de areia e fabricado em silicone, cobre e magnésio, de acordo com o The Verge. É o primeiro medicamento deste género a conseguir aprovação da Food and Drug Administration (FDA) e o preço ainda não é conhecido.
Segundo o mesmo site, o sensor do comprimido comunica com uma pequena banda usada pelo paciente. Os dados são depois enviados por Bluetooth para uma aplicação no telemóvel e podem ser carregados para uma base de dados na cloud, à qual podem aceder médicos e outras pessoas autorizadas. O sensor é naturalmente excluído pelo corpo.
Entre os dados que podem ser recolhidos está a hora a que o medicamento foi tomado e a dosagem. Mas há mais: é também capaz de registar os níveis de atividade da pessoa que o tomou, os passos dados, o batimento cardíaco e os padrões de sono. Segundo o The Verge, é o paciente quem tem de, voluntariamente, autorizar o médico a ter acesso aos dados e pode revogar esse acesso a qualquer momento.
Este comprimido é possível graças aos avanços que têm sido feitos no campo da nanotecnologia. Neste caso específico, alguns especialistas estarão a levantar dúvidas quanto a eventuais ameaças à privacidade dos utentes.
O medicamento resulta de um trabalho desenvolvido pela farmacêutica japonesa Otsuka e a empresa de medicina digital Proteus Digital Health. É expectável que a FDA se esteja a preparar para aprovar brevemente outros medicamentos deste género.
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