Prestação da casa vai ter nova descida. Nos créditos com Euribor a três meses mantém-se
Encargos dos créditos à habitação que usam as taxas a 6 e 12 meses recuam para novo mínimo, em dezembro. Nos contratos que usam Euribor a três meses, fica tudo na mesma.
Boas notícias para quem tem crédito à habitação. As revisões da prestação da casa realizadas em dezembro vão ditar uma nova descida, apesar de curta, nos encargos dos créditos que usam os indexantes com prazos mais longos. Os empréstimos que usam a Euribor a três meses não acompanham esse movimento, mas os encargos mantêm-se.
Assumindo o cenário de um crédito no valor de 100 mil euros, a 30 anos, e com um spread de 1%, quem tiver o crédito associado a este indexante vai continuar a pagar uma prestação de 306,75 euros ao longo dos próximos três meses.
Já quem tiver os seus empréstimos associados às Euribor a seis e 12 meses vão ver as respetivas despesas com a prestação registarem uma nova descida. Assumindo o mesmo cenário base, o valor da prestação mensal recua 0,3%, ou o equivalente a cerca de um euro, para os 309,21 euros, para quem tem o empréstimo associado à Euribor a seis meses.
Euribor a três meses em 2017
Fonte: Bloomberg
No caso dos créditos que usam a Euribor a 12 meses, a taxa de referência mais utilizada atualmente pelos bancos nos créditos de taxa variável, a prestação volta a baixar. A partir de dezembro, e durante um ano, estará fixada nos 313,03 euros, 1,6% ou 5,20 euros, aquém do que se passou ao longo do último ano.
Para qualquer destes dois indexantes, as novas prestações fixadas são as mais baixas de sempre, com as famílias a continuarem a beneficiar do nível historicamente baixo dos juros de referência. Desde março de 2016 que a taxa de juro diretora do Banco Central Europeu está fixada em 0%. E tudo indica que essa tendência se mantenha, com as famílias a poderem contar com dinheiro barato por um período de tempo prolongado, tal como Mario Draghi antecipa que aconteça.
A expectativa do mercado acompanha esse sentimento, com os futuros para a Euribor a três meses a colocam esse indexante em terreno negativo até setembro de 2019. A partir daí o mercado antevê que este indexante assuma valores cada vez mais positivos, mas para apenas em setembro de 2021 chegarem aos 0,5%. Ou seja, a confirmar-se esse cenário, os portugueses poderão contar com encargos baixos nos juros do crédito da casa pelo menos durante quatro anos.
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