Direitos da REN disparam 20%. Ações vão à boleia
Direitos de subscrição de novas ações da REN estão a disparar esta quarta-feira mais de 20%, dando um forte impulso às ações. Papéis da gestora da rede elétrica ganham mais de 3% no PSI-20.
Os direitos de subscrição do aumento de capital da REN estão a disparar esta quarta-feira na bolsa, desempenho que está a impulsionar a cotação das ações da gestora da rede elétrica nacional no PSI-20.
Estes títulos que permitem subscrever novas ações da gestora da rede elétrica valorizam 20,6% para cotar nos 0,158 euros, perto do preço teórico (0,159 euros) com que foram emitidos no âmbito do aumento de capital de 250 milhões de euros que se encontra em curso.
Neste cenário, as ações da REN estão também sob forte pressão compradora na bolsa: ganham 3,56% para 2,505 euros, depois de algumas sessões em baixa.
Até à próxima sexta-feira, dia 1 de dezembro, ainda vai ser possível negociar direitos de subscrição do aumento da capital da REN. Como cada quatro direitos permitem comprar uma nova ação que a REN vai emitir ao preço de 1,877 euros, isto quer dizer que um investidor terá de desembolsar cerca de 2,5 euros se quiser participar no aumento de capital — é o resultado da soma do valor de quatro direitos mais o preço de exercício de subscrição uma nova ação.
Não há dúvidas de que tanto os direitos de subscrição como as ações da REN estão a registar forte apetite do mercado esta quarta-feira. Isto acontece depois de o Haitong ter melhorado a recomendação sobre a gestora liderada por Rodrigo Costa de “Neutral” para “Comprar”, atribuindo ao título um potencial de valorização de 24%.
“Melhoramos a recomendação da REN de “Neutral” para “Comprar” depois de a pressão vendedora a curto prazo oriunda da emissão de direitos ter colocado as ações da REN num nível de avaliação muito apelativo: o nosso preço-alvo de 3,00 euros por ação oferece um potencial de valorização de 24%“, justificam os analistas do Haitong.
REN com direito a brilhar
Salientam ainda que a baixa da cotação das ações tornou o dividendo da REN bem mais atrativo. “Notamos que o atual dividend yield de 7,1% representa um spread e 5,1% face às obrigações a dez anos portuguesa. Vemos este dividendo como sustentável e esperamos que a companhia mantenha o dividendo por ação nos 0,171 euros nos próximos anos”.
"Melhoramos a recomendação da REN de “Neutral” para “Comprar” depois de a pressão vendedora a curto prazo oriunda da emissão de direitos ter colocado as ações da REN num nível de avaliação muito apelativo: o nosso justo de três euros por ação oferece um potencial de valorização de 24%.”
De acordo com o Haitong, na base da pressão vendedora que os direitos vinham a registar nas sessões anteriores estaria o facto de o segundo maior acionista da REN, a Oman Oil (com 15%), não se ter comprometido com a participação no aumento de capital, “o que sugere que inundação de 80 milhões dos seus direitos no mercado poderá ser uma das principais causas” da desvalorização deste direitos.
Esta operação vai contar com a participação irrevogável de acionistas representando 35% do seu capital. Entre eles estão os chineses da State Grid e da Fidelidade, adiantou a gestora da rede elétrica.
(Notícia atualizada às 12h49 com mais informação)
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