Isabel Jonet ao ECO: “Raríssimas é um caso de polícia”
Presidente do Banco Alimentar considera que a polémica da Raríssimas é "excecional" e que o trabalho das outras IPSS não vai ser afetado. Para Isabel Jonet é positivo que o caso seja denunciado.
A presidente do Banco Alimentar considera que o caso da Raríssimas é “absolutamente excecional” e recusa que o trabalho das instituições de solidariedade social saia prejudicado por esta polémica que classifica que “caso de polícia”.
“Uma árvore não faz a floresta e este tipo de situações deve ser uma exceção. Não podemos achar que vai prejudicar as outras instituições”, disse ao ECO Isabel Jonet. Antes pelo contrário. A responsável do Banco Alimentar defende que, “a ser verdade, ainda bem que estas situações veem a lume. É o melhor que pode acontecer”. “As pessoas sabem quais são as instituições em que podem confiar. Este tipo de casos só ajuda as Instituições de Particulares de Solidariedade Social (IPSS) que são transparentes e boas”, acrescenta.
A ser verdade, ainda bem que estas situações veem a lume. É o melhor que pode acontecer.
Uma investigação da TVI revelou que a presidente da Associação Raríssimas, Paula Brito, esteve envolvida em alegadas irregularidades, nomeadamente desvios de fundos para pagar, mensalmente, despesas pessoais. Em causa estão compras de vestidos de alta-costura, despesas de supermercado e mapas de deslocações fictícias. O Ministério Público já está a investigar o caso, na sequência de uma denúncia anónima no final de novembro e o ministro do Trabalho anunciou esta segunda-feira que há um processo “que tem corrido” no Instituto da Segurança Social (ISS) e que a Inspeção Geral do Ministério do Trabalho também fará uma fiscalização ao caso.
Isabel Jonet mostra-se surpreendida com a situação que considera “inadmissível” em instituições que recebem apoios da Segurança Social, até porque “existem mecanismos públicos para evitar que isto aconteça” com quem são celebrados acordos de cooperação. “É algo absolutamente excecional que merece um inquérito judicial. É um caso de polícia”.
É algo absolutamente excecional que merece um inquérito judicial. É um caso de polícia.
Além disso, a responsável lembra que nas instituições ligadas à Igreja Católica, as direções são sempre compostas por voluntários e, na maior parte dos casos, “as instituições têm as contas auditadas, por auditoras, à semelhança do que acontece com a maioria das empresas”.
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