Há um ano à espera, ok do BdP ao Haitong está para breve
Foi em dezembro de 2016 que caducou o mandato da administração do Haitong. Apenas CEO e chairman foram validados pelo BdP. Restantes administradores devem ter ok nas próximas semanas.
O Haitong está há mais de um ano à espera de “luz verde” para ver o seu conselho de administração assumir funções. Chairman e CEO foram validados pelo Banco de Portugal (BdP), mas os restantes membros continuam à espera da conclusão do processo de avaliação que é feito pelo regulador da banca a todos os responsáveis de instituições financeiras.
O BdP, questionado sobre o estado do processo de avaliação da adequação dos membros dos órgãos de administração e fiscalização, ou mais conhecido como fit and proper dos nomes propostos para a administração do banco de investimento que pertencia ao BES, não comenta. Mas, sabe o ECO, esse ok está para breve. Será uma questão de semanas, diz uma fonte. Contactado pelo ECO, o Haitong não respondeu.
Nestes 13 meses, ou seja, desde que expirou o mandato da administração do Haitong, o antigo BESI, apenas o presidente da comissão executiva, Wu Min, e o chairman, Lin Yong, tiveram o ok do regulador liderado por Carlos Costa. Vieram substituir Hiroki Miyazato como chairman e José Maria Ricciardi como presidente executivo, após a saída de ambos no final de 2016.
Foi em dezembro de 2016 que o banco de investimento português que foi comprado pelos chineses do Haitong teve de escolher uma nova administração para os três anos seguintes. Paulo Martins, Christian Minzolini, Alan Fernandes e o administrador financeiro Mo Yiu Poon são os nomes que ainda aguardam a validação. Nuno Santos era outro dos responsáveis que constava desta lista. Mas, segundo o Jornal Económico, acabou por ser retirado no contexto da venda das subsidiárias de Nova Iorque e Londres.
Está em curso um plano de reestruturação do Haitong Bank, que implicou a descontinuação de algumas operações e ainda a saída de trabalhadores do banco. Isto depois de os resultados se terem agravado, o que reflete a dificuldade do antigo BESI em encontrar um modelo de negócio para gerar receitas. É neste cenário que o banco está a alienar ativos, tendo registado uma mais-valia de 15,8 milhões de euros com a venda das subsidiárias de Londres e Nova Iorque.
Entre janeiro e junho, o Haitong Bank registou prejuízos de quase 80 milhões de euros, depois de o produto bancário ter afundando 45% e os custos operacionais terem aumentado em função do plano de reestruturação. Em 2017, o grupo Haitong aumentou o capital do antigo BES Investimento em 419 milhões de euros.
Aquando do regaste do Banco Espírito Santo, em agosto de 2014, o BESI foi integrado no Novo Banco, tendo sido depois vendido em setembro de 2015 ao grupo chinês Haitong por 379 milhões de euros e denominado Haitong Bank.
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