Fernando Pinto escreve carta e diz que vai continuar como assessor da TAP nos próximos dois anos
De saída da presidência da TAP, Fernando Pinto adiantou em carta dirigida aos trabalhadores que vai continuar ligado à transportadora aérea como assessor nos próximos dois anos.
“O nosso caminho é crescer. E irei acompanhar esse crescimento de perto, uma vez que continuarei ligado à companhia nos próximos dois anos enquanto assessor da TAP. Não é assim, nem jamais será, um adeus”. Em carta aos trabalhadores a que o ECO teve acesso, Fernando Pinto informou que está de saída da liderança da transportadora aérea portuguesa. Mas não é um adeus definitivo já que vai continuar como assessor da empresa nos próximos dois anos.
Numa longa missiva de despedida enquanto CEO da TAP, que acontecerá a 31 de janeiro, Fernando Pinto faz um balanço do que foram os últimos 17 anos da sua vida à frente da operadora aérea nacional. Esse balanço é “muito positivo” ainda que 15 anos desses 17 anos tenham sido “de sobrevivência” para a empresa, sublinha. De “sobrevivência à falta absoluta de capital, às imensas flutuações cambiais, à reestruturação da frota e por fim à chegada das low cost. Lembro-me de momentos de grandes desafios mas, acima de tudo, momentos de superação, em que foi possível, com a ajuda de todos, acreditar que a empresa tinha futuro”, conta o responsável brasileiro.
Por isso, diz que todos se devem “sentir felizes ao ver aquilo em que a TAP se transformou: numa empresa notável que em 17 anos triplicou o seu tamanho: três vezes mais receitas, três vezes mais passageiros, três vezes mais rotas e três vezes mais aviões”. “Hoje a companhia está presente em 85 destinos, em 35 países. Reconhecida com múltiplos prémios”, regozija-se.
É com grande orgulho que comunico que em breve estarei a afastar-me da direção executiva da nossa Empresa. Estes 17 anos na TAP foram a experiência mais enriquecedora da minha carreira. Não teria conseguido fazê-lo sem cada um de vós, de todos, os que já cá estavam quando cheguei e de todos os que foram entrando e que vi crescer profissionalmente com o passar dos anos, tal como a companhia.
Lembra que aterrou em Lisboa no início do milénio com a “missão de privatizar a empresa”, “um processo difícil, feito de muitos obstáculos e dificuldades”. Hoje em dia cerca de metade do capital da TAP pertence a investidores privados (consórcio Atlantic Gateway, de David Neeleman e Henrique Pedrosa) e o sentimento de Fernando Pinto é de “absoluta realização profissional e pessoal. De missão cumprida.”
Deixou a empresa no bom caminho e diz que cabe agora aos acionistas iniciarem um novo ciclo com a eleição do seu sucessor para o lugar de presidente executivo da TAP, o que deverá acontecer na próxima assembleia geral, a realizar no dia 31 de janeiro.
Sobre o seu sucessor, Antonoaldo Neves, as palavras não podia ser mais positivas. Considera que é a “pessoa certa” e que”Não podia estar mais contente e entusiasmado com a escolha para assumir os destinos da TAP. (…) É um profissional com grande know how no setor”, frisa Fernando Pinto. “Estou absolutamente seguro de que com a liderança de Antonoaldo, a TAP continuará neste incrível processo de crescimento”, diz ainda.
Estou absolutamente seguro de que com a liderança de Antonoaldo, a TAP continuará neste incrível processo de crescimento.
Despede-se dos trabalhadores com carinho e orgulho. Diz que são os melhores profissionais com quem teve o gosto de trabalhar e que também eles devem orgulhar-se do “contributo que deram para o crescimento do nosso país”.
(Notícia atualizada às 12h24)
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