Paula Amorim: “Estamos totalmente alinhados com a Galp”
A nova presidente do conselho de administração da Galp Energia diz estarem totalmente alinhados com a estratégia da petrolífera. Paula Amorim esclarece que não quer fazer mudanças na empresa.
Paula Amorim diz estar totalmente alinhada com a comissão executiva da Galp Energia GALP 0,00% a nível da estratégia e desenvolvimento. A filha de Américo Amorim não pretende fazer alterações na empresa e reforça a sua total confiança na liderança do banco. A nova presidente do conselho de administração substituiu o pai semanas depois de o empresário ter vendido 5% do capital da Galp.
“Estamos perfeitamente alinhados com a sua comissão executiva a nível da estratégia e do desenvolvimento. É uma comissão executiva na qual temos total confiança“, diz Paula Amorim num evento organizado pela Euronext Lisboa para comemorar os 10 anos da Galp Energia em bolsa.
“Vamos sempre conversando sobre todos os processos que acontecem em torno da Galp e das conjunturas”, explica a nova presidente. Paula Amorim diz que não pretende fazer mudanças. “Estou aqui no sentido de continuidade”, já que estava na Galp enquanto vice-presidente. “Tudo se manterá conforme está comunicado ao mercado e conforme foi definido para a estratégia da Galp”, refere.
Estamos perfeitamente alinhados com a sua comissão executiva a nível da estratégia e do desenvolvimento. É uma comissão executiva na qual temos total confiança
“Estou aqui como presidente do conselho de administração. Já tenho uma relação de alguns anos com a Galp na altura enquanto vice-presidente. Acompanho de muito perto todo o processo. Como sabem, estamos há 10 anos na empresa”, diz Paula Amorim.
Américo Amorim é “insubstituível”
Carlos Gomes da Silva diz mesmo que foi Américo Amorim que “conseguiu criar-nos estas condições e permitir que a Galp seja dona do seu destino” e que é uma inspiração para “muitas gerações de empresários, em Portugal e no estrangeiro”. O presidente da Galp Energia diz que se trabalharem numa base de transparência e se olharem para os comuns interesses da empresa, a relação com Paula Amorim “será fácil”.
O presidente da petrolífera portuguesa nota ainda que o facto de a Petrobras ter deixado de estar obrigada a deter uma percentagem mínima de 30% em qualquer consórcio internacional que explorasse as águas no pré-sal é “positivo”. “Se a limitação do desenvolvimento estivesse ancorada num só operador, isso colocaria uma velocidade de desenvolvimento de toda a dimensão petrolífera brasileira muito mais lenta”, diz Gomes da Silva.
“Os investidores olham para a Galp como a empresa que melhor compreende como é que o Brasil funciona e como é que o Brasil se desenvolve”, diz Gomes da Silva, referindo-se ao alargamento da parceria com a Petrobras. A Petrobras é o “parceiro mais relevante que a Galp tem nos últimos 15 ou 20 anos“, diz o presidente. A parceria vai traduzir-se no desenvolvimento de novas oportunidades para ambas as empresas, seja no Brasil ou no exterior, explica Carlos Gomes da Silva, sem entrar em detalhes.
Petróleo em Portugal?
O presidente da Galp Energia diz que a exploração de petróleo em Portugal teve de ser adiada, uma vez que estão à espera da aprovação do licenciamento. “É um projeto que faz parte do pipeline exploratório, daquilo que são as oportunidades, mas ainda numa fase muito embrionária. Como é sabido, Portugal tem um conhecimento muito diminuto, quase inexistente, do potencial marinho, incluindo a parte energética”, explica Carlos Gomes da Silva.
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