Bitcoin cai 14%. Já vale menos de 8.000 dólares

Os radares de alerta soam em torno da moeda digital que sofre mais um tombo até mínimos de 15 de novembro. Reguladores estão alerta e bancos também.

Se janeiro foi o pior mês de sempre para a Bitcoin, os primeiros dias de fevereiro não parecem querer contrariar essa tendência. A moeda virtual segue em forte queda nesta sessão, perto de 10%, voltando a negociar abaixo da fasquia dos 8.000 dólares.

Com a regulação a apertar e vários olhos postos no fenómeno das moedas virtuais, a pressão vendedora que assola a bitcoin tem vindo a intensificar-se, sendo que esta segunda-feira segue a desvalorizar em torno de 14% para 7.391 dólares. Já não se comprava moeda a um preço tão baixo desde 15 de novembro de 2017, segundo as cotações da Reuters. O máximo registado foi de 18.690 dólares a 18 de dezembro do ano passado.

Bitcoin em mínimos de novembro

Fonte: Reuters

A quebra de valor da bitcoin acontece depois de na passada sexta-feira, o economista Nouriel Roubini, conhecido por ter previsto a crise financeira global de 2008, ter classificado o fenómeno das criptomoedas como “a mãe de todas as bolhas”.

Já nesta segunda-feira, o banco central chinês afirmou que vai apertar a regulação relativamente à participação de investidores nacionais em operação de emissões iniciais de moeda (ICO) internacionais e de moeda virtual, considerando que o risco no setor ainda é elevado.

Também na sexta-feira, pelo menos três bancos anunciaram que já não vão permitir que os seus clientes comprem bitcoin usando cartões de crédito. JP Morgan, Bank of America e Citigroup estão entre este conjunto de instituições. Já nesta segunda-feira, foi a vez do Lloyds Bank revalr que tomou uma decisão idêntica.

A ordem de proibição entra em vigor esta segunda-feira e aplica-se a todos os clientes do Lloyds e entidades do grupo: Bank of Scotland, Halifax e MBNA, sendo que a medida não se aplica aos cartões de débito.

O Lloyds receia que, caso o valor do bitcoin baixe de forma acentuada, tenha de assumir as dívidas dos clientes. “No Lloyds Bank, no Bank of Scotland, Halifax e MBNA não aceitamos cartões de crédito para transações (compra) da criptomoeda”, disse um porta-voz do grupo.

Desde o início do ano, a moeda digital já desvalorizou mais de 45%.

(Notícia atualizada às 15h50 com novas cotações)

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