CTT desmentem encerramento de mais 14 lojas
Fonte oficial dos Correios desmente sindicato em relação ao encerramento de mais 14 lojas. Lembra que plano abrange 22 pontos de acesso. Ainda assim, há duas estações que encerraram além do previsto.
Os CTT desmentem os planos para encerrar mais 14 lojas, contrariando uma informação avançada pelos sindicatos, e lembram que o processo de ajustamento da rede de lojas abrange os 22 pontos de acesso, tal como o ECO tinha anunciado em janeiro. Mas há pelo menos mais duas estações que já foram encerradas, além daquelas que estavam previstas inicialmente: Santa Cruz (Coimbra) e Almodôvar, onde a loja deu lugar a um posto gerido por privados.
Segundo o sindicato, em causa estariam o encerramento das lojas na Ajuda (Lisboa), Agualva-Cacém, Queluz, Venda Nova, Queijas, Bobadela, São João da Talha, Castanheira do Ribatejo, Forte da Casa, Alhandra, Santa Cruz, Aguiar da Beira e Sátão.
“Os CTT confirmam não estarem em questão planos de ajustamento, sejam eles de transferência de serviços ou de encerramento de instalações, para nenhum dos seguintes pontos de acesso enumerados pelo referido sindicato”, responde fonte oficial dos CTT.
O ECO tentou contactar as autoridades locais sobre a existência de negociações com os CTT. Apenas recebeu resposta da Câmara Municipal de Sátão e da Junta de Forte da Casa, em Vila Franca de Xira, onde os responsáveis informaram desconhecer qualquer intenção ou conversa com os CTT para o fecho das lojas.
Apesar de a empresa lembrar que “o plano abrange 22 pontos de acesso, como tem sido amplamente noticiado“, confirma ao mesmo tempo o encerramento de mais duas lojas que não estavam contempladas inicialmente: é o caso da loja de Santa Cruz, em Coimbra, onde “a transferência de serviços era já conhecida publicamente há semanas e foi consequência de fatores externos aos CTT, nomeadamente a não renovação do arrendamento do espaço”, explica a mesma fonte; e também em Almodôvar, conforme avançou o ECO esta quarta-feira, onde a loja localizada na Rua do Convento encerrou na sexta-feira para dar lugar a um posto gerido por um particular e “sem qualquer descontinuidade de serviço”.
Fonte da empresa adianta que a loja de Xabregas, em Lisboa, poderá evoluir também para “uma nova parceria” que permita manter a presença dos CTT.
O fecho de estações faz parte de um plano de reestruturação mais abrangente, anunciado no final do ano passado, para travar a deterioração do negócio do correio postal. Em 2017, os lucros terão afundado 27% para 46,17 milhões de euros, de acordo com estimativas dos analistas.
O plano foi anunciado em dezembro e inclui a saída da empresa estão 800 trabalhadores até 2020. A administração também vai cortar salários e prémios aos gestores. Em relação ao dividendo, foi reduzido em 20% dos 48 cêntimos por ação para os 38 cêntimos, com os CTT a remunerarem os seus acionistas em 57 milhões de euros — o que corresponde a um payout expectável de 123%.
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