Rio diz que houve “demasiada crueldade” com Feliciano
À entrada para a primeira reunião do PPE, o líder social-democrata afirmou que já tem uma ideia sobre o cabeça de lista do partido à europeias de 2019, mas recusa anúncios já.
O líder do PSD defendeu esta quinta-feira que “houve demasiada crueldade” com o antigo secretário-geral do partido, “face às falhas que lhe imputaram”. Rui Rio falava aos jornalistas à entrada da reunião do Partido Popular Europeu (PPE), em Bruxelas.
O presidente do PSD reagia assim, pela primeira vez, à saída de Feliciano Barreiras Duarte da secretaria-geral do partido, onde esteve 28 dias, depois de se ter visto envolvido numa polémica relacionada com informações falsas no seu currículo.
Questionado pelos jornalistas, Rio afastou a ideia de anunciar agora quem será o cabeça-de-lista do PSD às europeias, marcadas para maio de 2019, explicando que já tem uma “ideia”, mas que não anda a “reboque do CDS, nem do PS, nem de ninguém”. O presidente dos social-democratas garantiu, porém, que não haverá “mudanças radicais”, e identificou-se como um “reformista”.
No primeiro encontro no PPE, o líder laranja terá oportunidade de estar com líderes europeus da sua família política, entre eles a chanceler alemã, Angela Merkel. Questionado sobre o que dirá à responsável pelo Governo alemão, Rio disse que lhe poderá dar a sua “visão sobre o que se passa em Portugal: o que entendo que está a correr bem e o que deve ser corrigido”.
Em entrevista à TSF/DN, o líder do PSD mostrou-se favorável a um aumento das contribuições para o orçamento comunitário, uma ideia também partilhada pelo Governo português, como forma de compensar a saída do Reino Unido da União Europeia.
Sou “favorável a que orçamento europeu não baixe por via da saída do Reino Unido”, afirmou, acrescentando que, “por exemplo, os lucros do Banco Central Europeu poderem ser incluídos no orçamento europeu. Outra forma serão as taxas sobre as plataformas digitais”.
[Sou] favorável a que orçamento europeu não baixe por via da saída do Reino Unido. Por exemplo, os lucros do Banco Central Europeu poderem ser incluídos no orçamento europeu. Outra forma serão as taxas sobre as plataformas digitais.
Além disso, Rio defendeu que quer que “Portugal receba pelo menos o mesmo que estar receber neste atual quadro comunitário de apoio”, um pacote de 25 mil milhões de euros. Os fundos comunitários para o próximo quadro pós-2020 são uma das matérias que o PSD de Rio está a negociar com o Governo liderado por António Costa
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