Pimco e BlackRock culpam Banco de Portugal pelos prejuízos recorde do Novo Banco
O The Novo Note Group, constituído por investidores como a Pimco, reagiu aos resultados do Novo Banco, culpando o Banco de Portugal por uma má gestão.
Os prejuízos recordes de 1,39 mil milhões do Novo Banco já começam a dar que falar minutos depois de serem revelados. A primeira reação oficial vem do The Novo Note Group, que tem como coordenadores a Pimco, a BlackRock, a Attestor Capital e a CQS, que classifica estes prejuízos como mais um exemplo da forma como o Banco de Portugal geriu mal a resolução do Banco Espírito Santo (BES) e a venda do Novo Banco.
O fundo de investimento mostrou-se ainda disponível para colaborar com a Justiça portuguesa de forma a encontrar uma “solução mútua benéfica” que reforce a estabilidade financeira dos contribuintes.
“As perdas sem precedentes do Novo Banco e a necessidade de os contribuintes portugueses injetarem mais 800 milhões de euros são mais uns dos exemplos de como o Banco de Portugal geriu mal a resolução do Banco Espírito Santo (BES) e a venda do Novo Banco. À semelhança da decisão ilegal de retransferir determinadas obrigações do Novo Banco para o BES em 2015, o banco central português falhou ao não negociar com todos os acionistas, ao mesmo tempo que tomou decisões que levaram a custos desnecessários para os contribuintes e à desestabilização do sistema bancário nacional”, adiantou o grupo.
O The Novo Note Group acrescentou ainda que “encoraja as autoridades portuguesas a colaborarem” com estes grandes investidores “para encontrar uma solução mútua benéfica que reforce a estabilidade financeira e atenue os custos contínuos para os contribuintes”.
Esta quarta-feira, o Novo Banco revelou que, no ano passado, registou prejuízos recordes de 1,4 mil milhões de euros. A informação foi submetida em comunicado à CMVM, onde o banco refere que “o resultado do exercício foi de 1.395,4 milhões de euros”. Este valor recorde, que levou a instituição a acionar o Mecanismo de Capital Contingente no valor de 792 milhões, compara com os 788,3 milhões de euros de prejuízos registados em 2016.
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