PCP e Bloco classificam intervenção do Estado no Novo Banco como “obscena” e “desastrosa”
Pela voz da deputada Mariana Mortágua, o BE diz que o Governo poderia contar com ele para uma solução como a nacionalização, mas escolheu a desastrosa. O PCP fala de um "processo de obscenidade".
Após a instituição liderada por António Ramalho apresentar prejuízos recorde de 1,39 mil milhões de euros, os partidos à esquerda do Governo criticaram a atuação do Executivo de António Costa, afirmando ser uma intervenção desastrosa e até obscena.
Pela voz da deputada Mariana Mortágua, que falava aos jornalistas na Assembleia da República, o Bloco de Esquerda disse que o Governo “poderia contar com o Bloco de Esquerda para uma solução que não passasse por uma doação de capitais públicos a fundos abutres”, ou seja, a nacionalização, mas que este “preferiu uma solução que prevíamos ser um desastre”. E, segundo a mesma, assim foi.
“Há um ano atrás o Bloco de Esquerda convocou um debate de urgência porque achávamos que esta venda ia ser um descalabro para as contas públicas e que o país não ia ganhar nada”, afirmou Mortágua. “O Governo preferiu uma solução que prevíamos ser um desastre e que se provou ser um desastre.”
"Há um ano atrás o Bloco de Esquerda convocou um debate de urgência porque achávamos que esta venda ia ser um descalabro para as contas públicas e que o país não ia ganhar nada. O Governo preferiu uma solução que prevíamos ser um desastre e que se provou ser um desastre.”
Já o Partido Comunista, pela voz de Miguel Tiago, criticou também a intervenção do Estado neste que é um banco privado, afirmando que “o estado comprometeu importantes valores públicos no banco desde a resolução”, transformando-se num “processo de obscenidade” para “limpar um banco em vez de ficar com ele”.
Ao reiterar também a nacionalização da fatia “boa” do Banco Espírito Santo, Tiago afirma que “não dizemos que esta injeção podia ser evitada, mas podíamos estar a injetar num banco público”.
(Notícia atualizada às 19h44 com mais informação)
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