João Galamba: “Em 2018 e 2019, o país dispensa brilharetes orçamentais”
O deputado do Partido Socialista considera que neste e no próximo ano "basta cumprir o que está orçamentado", e que chegou o tempo do Governo dar prioridade aos serviços públicos e investimento.
“Em 2018 e 2019, o país dispensa brilharetes“. Esta é a posição de João Galamba, porta-voz do Partido Socialista (PS), relativamente aquela que considera dever ser a postura do Governo em termos orçamentais, em 2018 e 2019. Em entrevista ao Jornal Económico (acesso pago), publicada nesta quinta-feira, o deputado socialista diz que após a redução do défice ter superado o previsto em 2017, a aposta do Governo deverá recair sobre os serviços púbicos e o investimento.
João Galamba, que não afasta a ambição de integrar um futuro governo nas áreas da Economia ou das Finanças, considera que neste e no próximo ano “basta cumprir o que está orçamentado” para que o Executivo liderado por António Costa consiga cumprir com o objetivo de dedicar mais atenção aos serviços públicos e ao investimento.
As palavras do porta-voz do PS surgem poucos dias depois de ter sido conhecido que, excluindo o custo da recapitalização da CGD que empurrou o défice para 3%, este indicador ficou em 2017 no valor mais baixo da democracia: 1%. Mas também abaixo daquilo que era previsto.
Relativamente ao orçamento deste ano, João Galamba espera que “a meta que consta do Orçamento do Estado de 2018 seja cumprida“, salientando que tal implicaria uma aceleração do investimento público e antecipando um crescimento de “25% para 33%”.
Relativamente ao impacto negativo da recapitalização da CGD sobre o défice de 2017, o deputado não considera que tal manche o desempenho do atual governo.
“Independentemente dos debates estatísticos e contabilísticos, parece-me haver um relativo consenso entre o Governo português e as instituições europeias, nomeadamente quem tem a responsabilidade de avaliar e acompanhar o cumprimento das regras em matéria de finanças públicas, além da perspetiva dos investidores internacionais e das agências de rating, de que se trata apenas de um debate meramente contabilístico e não tem relevância”, diz a esse propósito.
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