Centeno vende em Espanha segundo maior excedente primário

Em artigo de opinião, o ministro das Finanças mostra Portugal como uma "história de êxito". Um dos indicadores usados por Centeno é dos que mais desagrada aos parceiros políticos do Governo.

A economia cresce acima da média da União Europeia e o défice está em “mínimos de quatro décadas”. Este é um resumo do artigo de opinião que o ministro das Finanças publicou este domingo no diário espanhol El País. Um dos indicadores destacado por Mário Centeno é o excedente primário que “que foi de 3%, o segundo mas alto da Europa a 28”.

O saldo primário mede o saldo orçamental excluídos os juros pagos com a dívida pública. Ou seja, avalia o esforço de consolidação se retirada uma das despesas mais influenciadas por decisões externas.

No caso português, este saldo é positivo, o que significa que sem os juros, a receita total supera a despesa. E como afirma o ministro das Finanças este é o segundo melhor registo no espaço da UE a 28.

A obtenção de um saldo primário positivo pelo Governo tem sido criticada pelo Bloco de Esquerda e pelo PCP, que veem nesta opção um “espartilho” à evolução da economia portuguesa.

Na frente orçamental, o ministro das Finanças destaca ainda a redução do défice e da dívida, dados conhecidos na semana passada, com a publicação do Instituto Nacional de Estatística (INE) do reporte dos défices excessivos.

Centeno destaca ainda os ganhos na economia, no mercado de trabalho e nas exportações.

No artigo com o título “Portugal, uma história de êxito“, Mário Centeno garante que Portugal “enfrenta importantes desafios, mas o futuro é sustentável e está em construção”. Uma ideia que já tem sido defendida pelo governante.

“Portugal enfrenta desafios importantes, sobretudo na gestão da herança da crise recente. Mas a capacidade de Portugal os enfrentar hoje é, sem dúvida, maior do que em qualquer outro momento das últimas décadas. Os indicadores estruturais da economia portuguesa são hoje sólidos, seja na atividade económica – com 15 trimestres consecutivos de crescimento – seja nas contas públicas – com uma melhoria do saldo estrutural de 1,4 pontos percentuais nos últimos dois anos – ou no setor bancário, com a recapitalização dos maiores bancos e uma redução sustentável do crédito malparado. A economia e a sociedade portuguesas mostraram assim que o futuro é sustentável e está em construção”, escreve Centeno.

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