Cambridge Analytica pode ter recolhido dados de 63.000 portugueses no Facebook
Entre os 87 milhões de utilizadores do Facebook que viram os dados pessoais serem usados indevidamente pela Cambridge Analytica estarão mais de 63.000 portugueses.
Os dados de mais de 60.000 utilizadores portugueses do Facebook poderão ter sido comprometidos no âmbito da recolha e uso indevido de dados por parte da empresa norte-americana Cambridge Analytica. Esta é a estimativa da rede social, tendo em conta que pelo menos 15 portugueses terão usado a aplicação que foi utilizada para recolher as informações destas pessoas e do círculo de amigos mais próximo destas, naquela plataforma.
A notícia foi avançada esta quinta-feira pelo Expresso, que indica que 63.080 portugueses poderão ter sido apanhados nesta polémica. Isto numa altura em que o número total de utilizadores potencialmente afetados foi revisto de 50 milhões para 87 milhões. Acredita-se que os dados tenham sido recolhidos sob o pretexto de virem a ser usados para fins académicos, mas que foram depois, alegadamente, usados pela Cambridge Analytica para favorecer a campanha eleitoral de Donald Trump na corrida à Casa Branca.
O número de utilizadores potencialmente afetados resulta de “metodologia expansiva” que inclui os que descarregaram a app “thisisyourdigitallife” e respetivos “amigos” no Facebook. Ou seja, a esmagadora maioria dos mais de 60.000 utilizadores potencialmente afetados não só não interferiram no processo de recolha de dados como nem tiveram conhecimento dele.
“Realizamos a nossa própria análise interna para determinar o número de pessoas potencialmente visadas. Utilizamos uma metodologia expansiva — esta é a nossa melhor estimativa do número de pessoas que instalaram a app, bem como dos seus amigos cujos dados podem ter sido acedidos”, explicou fonte oficial do Facebook.
A rede social Facebook tem estado no centro de uma vasta polémica internacional com a empresa Cambridge Analytica, acusada de ter usado dados de milhões de utilizadores da rede social, sem o seu consentimento, para elaborar um programa informático destinado a influenciar o voto dos eleitores, favorecendo a campanha de Donald Trump.
(Notícia atualizada às 12h55 com mais informações)
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