Projeto Lince. Trofa já alojou 11 startups desde 2017 e pensa crescer até às 20
O projeto criado em julho de 2017 já conta com 11 startups mas diz ser capaz de crescer até às 20. Ex-desempregados e jovens empreendedores fazem parte do grupo de empresários.
O projeto Lince.Trofa, criado em julho de 2017 para ser incubadora de empresas, alberga hoje 11 projetos nas instalações da Associação Empresarial do Baixo Ave (AEBA) e prevê crescer até às 20, afirmou José Manuel Fernandes.
O presidente da AEBA explicou à Lusa um “projeto inovador” que visa “apoiar a criação de novas empresas” através de “uma matriz muito particular”, manifestando-se com “a influência direta dos [empresários] mais velhos”. No dia em que as 11 empresas mostraram a sua evolução desde a adesão ao projeto nascido da parceria entre a AEBA e a Câmara da Trofa, José Manuel Fernandes falou do papel dos tutores do arranque das startups.
“Os tutores explicam a estratégia, o conceito de negócio, os recursos que tanto são físicos, financeiros ou humanos e a gestão” disse de um projeto que pretende funcionar em coworking, em que direção das empresas está dentro da incubadora. E prosseguiu: “E se forem empresas fortes em hardware, transformação e manipulação de materiais, podem ter a sua logística de produção fora do contexto físico da incubadora”.
Explicando que a expectativa da AEBA “passa por maximizar o espaço” aquele responsável afirmou-se convicto de que “em breve serão cerca de 20 as empresas incubadas“. “Se a fórmula de estrutura que adotámos tiver o sucesso que esperamos, provavelmente vamos ter de encontrar outras soluções, pois não queremos rejeitar a presença de projetos novos”, prometeu o empresário, elogiando o facto de parte dos incubados “serem de fora da Trofa”.
O presidente da Câmara da Trofa, Sérgio Humberto, admitiu “deverem ser, em Portugal, poucas as incubadoras que estão associadas e que são projetadas por uma associação empresarial“, vincando o interesse da autarquia de se “colocar ao lado destas entidades”. “A AEBA não é uma associação qualquer. Faz parte de uma região com projeção”, continuou Sérgio Humberto que lembrando os “grandes empreendedores no concelho mais jovem do país” afirmou querer a Trofa “afirmar-se pelo seu tecido empresarial”.
Como exemplo desse crescimento, o autarca deu conta de “investimentos recentes de turcos e indianos” e que há pouco tempo só não se instalou no concelho “uma empresa norte-americana do ramo da indústria alimentar devido ao preço do metro quadrado”. “Estamos a fechar a construção de um hotel na Trofa e, com isto, do ponto de vista turístico, vamos atrair mais investimento“, anunciou.
Startups de consultoria financeira, construção civil, aplicações eletrónicas para serviços, distribuição de pão, contabilidade, investigação de soluções terapêuticas, gestão documental, software para o setor da metalomecânica, consultoria e formação profissional, criação de conteúdos multimédia e organização de eventos compõem a oferta da incubadora da AEBA. Ex-desempregados e jovens empreendedores fazem parte do grupo de empresários que, para além da Trofa, tem gente oriunda do Porto, Maia, Vila Nova de Famalicão e do Brasil.
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