Portugueses trocaram 400,9 milhões de escudos em 2017

  • Lusa
  • 30 Abril 2018

No ano passado, Banco de Portugal trocou 137.428 notas de escudo de todas as denominações, no total de dois milhões de euros. Fim do prazo para aceitar quatro das notas terá motivado tal corrida.

O Banco de Portugal trocou 400,9 milhões de escudos em 2017, correspondentes a dois milhões de euros, mais 84% do que em 2016, mas notas da antiga moeda equivalentes a 106,3 milhões de euros ainda podem ser trocadas.

O relatório de emissão monetária de 2017 do Banco de Portugal, divulgado esta segunda-feira, explica que o aumento das trocas de notas de escudo no ano passado ficou a dever-se ao fim do prazo de 20 anos para aceitar quatro das notas, que prescreveu no primeiro dia deste ano, mas algumas das antigas notas prescrevem só daqui a quatro anos, em 01 de março de 2022.

Em 2017, o Banco de Portugal trocou 137.428 notas de escudo de todas as denominações, no valor total de dois milhões de euros, segundo aquele relatório, quando em 2016 tinha trocado 73.018 notas no valor de 1,1 milhões de euros.

No ano passado, trocaram-se mais 88% de notas, e mais 84% em valor, do que no ano anterior, pelo facto de terminar neste período o prazo de 20 anos para aceitação de quatro chapas (número identificativo do desenho das notas de escudo) de notas de escudo, lê-se no documento.

Mas no final de 2017, segundo o banco de Portugal, continuavam em posse do público 15,3 milhões de notas de chapas que ainda podiam ser trocadas após aquela data, correspondentes a 106,3 milhões de euros.

Deste valor, cerca de um terço correspondia a notas de cinco mil escudos chapa 3, adianta o banco central, lembrando que as notas de escudo ainda não prescritas só podem ser trocadas até ao dia útil anterior à respetiva data de prescrição.

O escudo português foi substituído pelo euro em 01 de janeiro de 2002, tendo o valor de um euro sido fixado em 200,482 escudos.

No relatório, o banco central informa ainda do levantamento no Banco de Portugal de 10,9 mil milhões de euros de notas em 2017, correspondentes a 621 milhões de notas e a um aumento face ao ano anterior do valor total levantado superior a 3,2%, num efeito que diz ser resultado de, pelo segundo ano consecutivo, diminuir a procura de notas de 500 euros, e aumentarem principalmente os levantamentos de notas de 50 e 100 euros (mais de 390 milhões de euros).

Quanto ao combate à contrafação de notas, informa que no ano passado 57% das notas contrafeitas apreendidas pertenciam à denominação de 20 euros e que, na área do euro, foram retiradas de circulação 694 mil notas contrafeitas, mais 1% do que no ano anterior, representando as contrafações apreendidas 0,003% do total de notas genuínas em circulação.

As contrafações das duas denominações medianas – 20 e 50 euros – pesaram 86% no total de apreensões, adianta no relatório.

O Banco de Portugal informa ainda que, no final de 2017, circulavam na área do euro 21,4 mil milhões de notas, no valor de 1,2 biliões de euros, aumentando o valor das notas em circulação 4% em termos anuais, quase o mesmo crescimento de 2016 (3,9%).

“A procura por notas de euro continua a aumentar. No entanto, o ritmo de crescimento estabilizou nos últimos dois anos, após uma década marcada pelo impacto da crise financeira internacional, nomeadamente sobre as economias da área do euro”, afirma o banco central, adiantando que a utilização destas notas fora da área do euro, como reserva de valor e moeda de transação, e as taxas de juro baixas, é que tornam o numerário mais atrativo e são os fatores frequentemente apontados como impulsionadores da procura.

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