Santander Totta prevê mais 50 rescisões até final do ano

Esforços de ajustamento após compra do Banif continuam. Até final do ano, o Santander Totta prevê rescindir contrato com mais meia centena de trabalhadores.

Apesar de a integração do antigo Banif estar praticamente concluída, o Santander Totta vai continuar a ajustar a sua força de trabalho e o número de balcões. Até setembro, o banco já havia fundido 160 agências e rescindido contrato por mútuo acordo com perto de 150 trabalhadores. Mas até final do ano o downsizing continua.

“Fundimos perto de 160 e iremos fechar 25 agências até final do ano. Ficará sempre a que estiver em melhor posição, seja de localização ou financeira”, declarou António Vieira Monteiro, presidente do Santander Totta, em conferência de imprensa de apresentação de resultados. “Além disso, prevemos rescindir mutuamente com mais 50 funcionários até final do ano”, acrescentou.

Segundo Vieira Monteiro, “por força da integração do Banif e estando num processo de reformulação do setor financeiro, da atividade bancária, entrada de novos concorrentes, tudo isso leva a uma transformação grande”. “Isto leva-nos a pensar sobre a nossa atividade”, disse o presidente do banco português.

O Santander Totta apresentou um lucro de 293,7 milhões de euros até setembro, mais 66,2% face ao mesmo período do ano passado. A margem financeira — o resultado entre as receitas com os juros dos empréstimos menos as despesas com os juros pagos nos depósitos — contribuíram decisivamente para o resultado, registando um crescimento de 31% até aos 550 milhões de euros.

Sem interesse no veículo para o malparado

Confrontado pelos jornalistas sobre o veículo para agrupar os ativos tóxicos do setor bancário, Vieira Monteiro nem é favorável nem desfavorável a esta solução. Simplesmente não tem interesse porque, adiantou, o Santander Totta não precisa.

“Não precisamos de recorrer a esse veículo”, declarou o presidente do banco, desconhecendo qualquer conteúdo sobre o que está a ser discutido para aliviar o crédito malparado. “Vamos ver o que lá vem. Há no mercado quem esteja mais interessado e quem esteja menos interessado. Nós não estamos interessados. Não somos contra nem a favor. Apenas não estamos interessados”, reforçou Vieira Monteiro.

Sobre a constituição de imparidades, necessárias para fazer face a créditos em incumprimento, que decresceram quase 24% para os 110 milhões de euros, o presidente do Santander Totta enalteceu a qualidade da carteira de crédito do banco. “A carteira é de qualidade por isso há menor necessidade de constituir imparidades”, regozijou-se.

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

Santander Totta prevê mais 50 rescisões até final do ano

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião