Investimento abrandou no primeiro trimestre do ano. A culpa foi da chuva de março

O investimento fixo abrandou no primeiro trimestre, o que terá resultado do investimento em construção. O INE acredita que a chuva de março não ajudou ao reforço do investimento.

O investimento abrandou no primeiro trimestre do ano em relação ao mesmo período do ano anterior. O Instituto Nacional de Estatística (INE) acredita que a chuva que caiu em março terá penalizado o setor da construção.

“O abrandamento da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) total resultou, em grande medida, do crescimento menos intenso da FBCF em construção, que passou de uma variação homóloga de 7,9% no quarto trimestre para 2,3%”, estima o INE. Refira-se que em março se registaram elevados níveis de precipitação, o que poderá ter condicionado a atividade de construção”, justifica o instituto estatístico.

A FBCF é o indicador que mede o investimento real feito num período. Este desacelerou de 5,9% para 4,7% entre o final do ano passado e o início deste ano. À FBCF o INE junta a variação de existências — que se refere aos stocks de produtos em armazém — para calcular a Formação Bruta de Capital. No arranque de 2018, este indicador acelerou de 6,4% para 6,6%.

Apesar do abrandamento do investimento em construção, o investimento em equipamento de transporte e outras máquinas e equipamento acelerou.

 

Todas as componentes da procura interna — consumo privado, consumo público e investimento — apresentaram taxas de crescimento homólogas maiores no primeiro trimestre em relação ao trimestre anterior.

Consumo privado cresce mais se contabilizados os turistas

O consumo privado cresceu 2,1% no primeiro trimestre face ao período homólogo, mas esta componente tem apenas em conta o consumo feito pelos residentes. Se tivermos em conta o consumo privado feito no território, o crescimento é maior (3,2%). Ou seja, 1,5 vezes mais do que o consumo gerado pelos residentes.

O consumo privado na ótica do território continuou a registar crescimentos mais intensos (3,2%) que o consumo de residentes, em resultado do comportamento das despesas efetuadas em Portugal por não residentes (turistas)“, escreve o INE.

O crescimento do PIB de 2,1% em termos homólogos aconteceu graças ao contributo da procura interna, já que do lado da procura externa líquida o contributo foi negativo, com as exportações e as importações a abrandarem.

O crescimento do PIB de 0,4% em cadeia foi igualmente impulsionado pela procura interna, com a procura externa líquida a apresentar um contributo negativo.

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