BCP dispara 6% e acumula ganho de 12% em três dias
A bolsa de Lisboa está a valorizar os desenvolvimentos positivos na formação de Governo em Itália e abre imune à guerra comercial com os Estados Unidos ou à instabilidade política em Espanha.
A praça bolsista entrou em junho com o pé direito, apesar da instabilidade política em Espanha e do fim da isenção europeia às tarifas por parte dos EUA. O PSI-20 avança pela terceira sessão consecutiva, acompanhando o rumo positivo dos mercados europeus que parecem estar a preferir valorizar os desenvolvimentos políticos positivos em Itália. Em Lisboa, os ganhos são sustentados pela Galp e pelo BCP, cujos títulos, nos últimos três dias, acumularam um ganho de 12%.
Na sessão última sessão da semana, o PSI-20 está a valorizar 1,62%, para os 5.557,34, à boleia do BCP e da Galp Energia.
As ações do banco liderado por Nuno Amado sobem 6,41%, para os 0,2673 euros, numa altura em que aliviam os receios em torno do futuro político de Itália e as yields da dívida seguem o mesmo caminho. Na quinta-feira, e depois de acesas negociações, o Presidente Mattarella indigitou Giuseppe Conte para o cargo de Primeiro-Ministro. Giuseppe Conte terá como vice-primeiros-ministros, Matteo Salvini e Luigi di Maio, os lideres da Liga Nord e do Movimento 5 Stelle.
Depois de várias sessões de perdas, a mudança de cenário em Itália e o fim do compasso de espera em Espanha (o Parlamento aprovou a moção censura a Rajoy, sendo Pedro Sánchez o novo presidente do Governo) permitiram aos títulos do BCP recuperar, tendo acumulado um ganho de 12% em apenas três dias.
BCP acelera em bolsa
“O BCP tem demonstrado ser o título mais permeável ao sentimento dos investidores globais”, explica o BPI no seu diário de bolsa. “Em períodos de crise, estes investidores tendem a fazer rápidos (e por vezes injustos) paralelismos entre os países do Sul da Europa. Assim, a evolução das yields italianas tem um impacto nos bancos italianos que por sua vez, através da perceção dos investidores, condiciona a tendência do BCP”, acrescenta o banco. Hoje o sentimento é de alívio para os juros não só da dívida soberana italiana como também de Portugal.
O rumo do índice bolsista nacional está ainda a ser apoiado no avanço de 1,55%, para os 16,14 euros, dos títulos da Galp Energia, num dia em que as cotações do petróleo seguem pouco alteradas nos mercados internacionais.
Referência positiva ainda para as ações da Mota-Engil e da Navigator que ganham 2,15% e 1,78%, respetivamente, para os 3,32 e 5,43 euros.
No grupo EDP, o sentimento é distinto, enquanto a EDP vê as suas ações somarem 0,36%, para os 3,36 euros, os títulos da EDP Renováveis recuam 0,81%, para os 7,98 euros. Esta sexta-feira é um dia chave para as duas energéticas, já que termina o prazo para a China Three Gorges fazer o registo da Oferta Pública de Aquisição sobre a empresa liderada por António Mexia.
(Notícia atualizada às 11h47 com mais informação e novas cotações)
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