Deutsche Bank estuda fusão com o rival Commerzbank
Pode estar à vista uma fusão entre os dois maiores bancos alemães. A ideia já foi proposta aos acionistas pelo chairman do Deutsche Bank
O chairman do Deutsche Bank, Paul Achleitner, discutiu com acionistas de topo, que incluem grandes gestoras de fundos como a BlackRock, e também com peças chave do governo, a possibilidade de uma fusão com o Commerzbank AG, avança a Bloomberg (acesso condicionado).
As conversações formais entre os bancos ainda não começaram, e o negócio não é iminente. O principal obstáculo será a diluição do capital que pode advir de uma fusão, face às baixas cotações dos títulos do banco. Os planos de reestruturação do Deutsche Bank não têm funcionado, e já vão na terceira revisão estratégica.
Como era esperado pelos analistas, as especulações de uma fusão entre o UniCredit e o SocGen deram o mote para as instituições bancárias enfraquecidas procurarem juntar-se. No entanto, a fusão entre os dois maiores bancos alemães já é falada há muito.
O governo alemão detém 15% do Commerzbank, e tem defendido que o país precisa de ter um banco que se afirme forte a nível internacional. A especulação de que os bancos se vão juntar aumentou com o investimento no ano passado de alguns fundos privados, como o Cerberus Capital, nas duas instituições financeiras.
A fusão “levaria a cortes tremendos nos custos, visto que ambos os bancos têm uma exposição significativa na Alemanha”, diz Alex Koagne, um analista da Natixis, à Bloomberg. Apesar de afirmar que os bancos ainda não estão prontos para avançar com a junção, vê o negócio “como uma das únicas maneiras de salvar o Deutsche Bank“.
No início de junho a Standard & Poor’s desceu em um nível, para BBB+, o rating do Deutsche Bank, por preocupação com as mudanças na estrutura. As ações do banco já caíram 40% desde o início do ano, e atingiram um mínimo histórico na semana passada. As ações do Commerzbank caíram 2,8% na manhã desta sexta feira em Frankfurt, elevando as perdas deste ano para 26%.
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