Ministério Público investiga casas vendidas por Pinho a fundo do BES em 2009
De acordo com o Expresso, um dos negócios que está a ser investigado é a venda de dois apartamentos no centro de Lisboa em 2009 ao então Banco Espírito Santo (BES).
O Ministério Público está a investigar a venda, em 2009, de dois apartamentos ao então Banco Espírito Santo (BES) por parte do antigo ministro da Economia Manuel Pinho, avança o Expresso (acesso pago).
De acordo com o semanário, não são só as decisões de Pinho enquanto ministro da Economia, relativamente à EDP e ao Grupo Espírito Santo (GES), que estão a ser analisadas. Os negócios do antigo governante com o GES também estão na mira.
O Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) pediu ao Fungepi – Fundo de Gestão de Património Imobiliário do Novo Banco “toda a documentação original relativa à aquisição e posterior alienação de duas frações no prédio sito na Rua Saraiva de Carvalho, número 68, em Lisboa, incluindo informações, análises e propostas que suportaram tais negócios”, avança.
Ainda de acordo com a edição diária do Expresso, o negócio foi feito uma semana depois de Manuel Pinho se ter demitido do governo de José Sócrates. A notícia recorda o artigo da revista Visão, que indica que, em julho de 2009, Pinho e a mulher venderam dois T4, através da empresa Pilar Jardim, ao Fungepi, por 1,5 milhões de euros. Cada imóvel estava avaliado na altura em 300 mil euros e, dois anos depois, o fundo do BES alienou as duas casas, perdendo dinheiro. Estas duas frações fazem parte do edifício que Manuel Pinho comprou ao BES, por 800 mil euros, através da sociedade Pilar Jardim, criada em 2004.
Em causa estava um edifício onde viveu o escritor Almeida Garrett — Pinho demoliu-o e construiu um edifício com quatro apartamentos, tendo ficado com um deles e vendido outras duas frações ao Fungepi. Em junho de 2009, vendeu outro apartamento (T2), por meio milhão de euros, a Manuel Sebastião, que na altura era presidente da Autoridade da Concorrência.
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