Cuidado com a espionagem económica, alerta o SIS
O Serviço de Informações de Segurança alertou seis vezes mais empresas sobre a espionagem económica este ano em comparação com o mesmo período de 2015. O SIS dá "prioridade máxima" a esta questão.
O Serviço de Informações de Segurança (SIS) reforçou este ano as ações de prevenção contra a espionagem económica em todo o país. Segundo dados divulgados pela primeira vez, este reforço foi feito junto de mais de 200 empresas e entidades públicas, um número que é seis vezes superior ao que foi registado no mesmo período de 2015.
Dados oficiais, avançados pelo Diário de Notícias, mostram que entre janeiro e junho mais empresas, entidades públicas e centros de investigação nacionais receberam conselhos de segurança das secretas. Foram mais concretamente 207 entidades. O SIS dá “prioridade máxima” ao apoio a este centros de conhecimento, a par da prevenção do terrorismo nas infraestruturas de relevo.
O SIS diz que há cada vez mais atos de espionagem com “roubo de informação de valor económico nas empresas e nos centros de investigação científica e tecnológica”. O serviço alerta ainda que “no atual contexto de concorrência económica mundial, as organizações portuguesas, mesmo as de pequena dimensão, são visadas por entidades estrangeiras”. Mas Portugal não é dos países onde se registam mais ato de espionagem e roubo de conhecimentos. Não são identificados países em concreto, mas o DN apurou que França, China e Rússia têm sido dos mais ativos.
Segundo o jornal, as equipas do designado Programa de Segurança Económica, ativo desde 2006 e agora reforçado, reuniram neste primeiro semestre com cerca de meio milhar de gestores e colaboradores desta organizações. Foram alvo de ações de sensibilização e formação para protegerem os conhecimentos contra uma ameaça do estrangeiro que o SIS considera estar em crescendo.
Entre as entidades identificadas, o setor privado empresarial foi alvo do maior número de ações do SIS. O setor é o “objetivo prioritário” do Programa de Segurança Económica e visa sobretudo empresas com “forte componente de investigação e desenvolvimento industrial”. Ao todo, foram alertadas 184 empresas privadas.
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