Mais de 160 empresas recorreram ao ‘lay-off’ em 2017
Segundo o Centro de Relações Laborais, este número representa quase um quarto do valor registado cinco anos antes. Já a população ativa aumentou pela primeira vez desde 2008.
O número de empresas com suspensão temporária de contratos de trabalho (‘lay-off’) no ano passado totalizou 161, mantendo a tendência de decréscimo dos últimos anos, segundo um estudo que será divulgado esta terça-feira. Este número representa quase um quarto do valor registado cinco anos antes.
O sumário executivo do Relatório sobre Emprego e Formação, do Centro de Relações Laborais (CRL), cita dados estatísticos disponibilizados pelo Instituto de Segurança Social para referir que 161 entidades empregadoras estiveram em situação de ‘lay-off’, no decurso de 2017, acentuando o decréscimo iniciado em 2014.
Isto depois de, em 2012 e 2013, se terem registado os valores mais elevados da década, anos em que 550 e 547 empresas, respetivamente, recorreram à suspensão temporária dos contratos de trabalho.
O estudo salienta ainda que em 2017 foram comunicados ao Ministério do Trabalho 396 processos de despedimento coletivo, que abrangeram um total de cerca de 3,5 mil trabalhadores.
Em relação a 2016, o ano passado registou um decréscimo na ordem dos 6%, o que correspondeu a menos 25 processos de despedimento coletivo comunicados.
População ativa cresceu em 2017 pela primeira vez desde 2008
Segundo o mesmo estudo, a população ativa em Portugal Continental cresceu 0,8% entre 2016 e 2017, o primeiro aumento desde 2008, enquanto os inativos decresceram 9,6%. O crescimento verificado foi mais significativo na população ativa feminina e no escalão etário dos 55 aos 64 anos (mais 6,2%).
A taxa de atividade portuguesa mantém-se em níveis superiores aos verificados na União Europeia, mas nos escalões mais jovens registou um decréscimo sistemático desde 2008 (40,9%) até 2017 (34%), enquanto na UE estabilizou em torno dos 42%. A população inativa tem vindo a decrescer e, em 2017, tinha menos 44 mil pessoas do que no ano anterior, sendo esta redução a primeira na última década.
Segundo o estudo do CRL, os inativos “disponíveis que não procuram emprego”, no Continente, eram cerca de 195 mil pessoas, ou seja, 5,6% do total dos inativos, número este que decresceu 9,6% entre 2016 e 2017. O volume de emprego em 2017 atingiu o nível mais elevado dos últimos sete anos, ultrapassando o valor observado em 2011 em mais 10,7 mil pessoas.
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