Trabalhadores preocupados: Empresas da Volkswagen/Autoeuropa sem acordo de novo horário
A Coordenadora das Comissões de Trabalhadores do Parque Industrial afeto à Autoeuropa, em Palmela, alerta para o facto de ainda não existirem acordos para a laboração contínua na maioria das empresas.
Os trabalhadores do Parque Industrial da Volkswagen/Autoeuropa manifestaram-se hoje preocupados com o facto da maioria das empresas ainda ter acordo para o horário de laboração contínua.
Em comunicado, a Coordenadora das Comissões de Trabalhadores do Parque Industrial da VW Autoeuropa, que estiveram reunidos no final da semana passada, diz que estes continuam preocupados com os horários, o agravamento das condições de trabalho, a deterioração do diálogo e a paz social.
“A maioria das empresas ainda não tem acordo para o horário de laboração contínua. Existem cerca de três ou quatro empresas que têm acordo, das dezanove empresas, existindo algumas que têm acordos mais vantajosos que a própria Autoeuropa”, referem. Segundo a coordenadora, nas empresas que estão em negociações existe “uma clara vontade” por parte das administrações de diminuírem os rendimentos dos trabalhadores e agravando as suas condições de trabalho, aumentando inclusive a precariedade.
Há empresas com cerca de 70% de trabalhadores precários, acrescentam ainda, salientando que “o crescimento das doenças profissionais é um facto e é resultado do agravamento das condições de trabalho também”.
No final da semana passada, a Comissão de Trabalhadores (CT) da Autoeuropa acusou a administração da empresa de querer condicionar as regalias adquiridas pelos trabalhadores a uma cláusula de denúncia, que poderia ser acionada face ao resultado das negociações anuais com os trabalhadores. A CT adianta no comunicado que a administração da empresa, na prática, manteve os valores que já tinha proposto pelo trabalho ao domingo, ou seja, propõe-se pagar apenas um dos cinco de trabalho por turnos durante a semana como trabalho extraordinário, que será remunerado a 100%, valor que será ainda acrescido de mais 25% do prémio trimestral, caso sejam atingidos os objetivos de produção estabelecidos pela fábrica da Volkswagen em Palmela.
A nota refere ainda que a CT “manifestou de imediato o seu desagrado” pelo conteúdo das propostas apresentadas pela empresa, que “não acrescentam absolutamente nada e são claramente inaceitáveis”.
O comunicado da CT da Autoeuropa lembra ainda que as negociações com a administração prosseguem na próxima semana e adverte que aquele órgão representativo dos trabalhadores foi mandatado para discutir com a administração da empresa melhorias na compensação dos horários de laboração contínua, e não para reduzi-las.
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