Centeno não quer ameaçar consolidação orçamental com “medidas avulsas”
Mário Centeno sublinha que não se pode pôr em causa a consolidação orçamental com "medidas avulsas", sob pena de tornar "vão" todo o trabalho feito até aqui.
Ainda que garanta que a política de recuperação de rendimentos das famílias portuguesas é para manter, Mário Centeno frisa que a consolidação orçamental não pode ser posta em causa. Esta terça-feira, no Parlamento, o ministro das Finanças garantiu, por isso, que o “debate não pode fugir à sustentabilidade”. “Não podemos colocar em causa a consolidação orçamental com medidas avulsas que implicam alterações orçamentais de forma avulsa”, realçou o governante.
Numa intervenção inicial na comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa (COFMA), Mário Centeno fez questão de notar que os portugueses “estão seguramente melhor”, vivendo o país o “melhor desempenho financeiro de várias décadas”. Nesse cenário, o ministro considera que é preciso manter “políticas sustentáveis” ou todas as medidas tomadas até aqui terão sido “em vão”.
“O inicio desta legislatura foi marcado por uma solução de Governo de base parlamentar resultante do diálogo entre diferente forças políticas. Foi possível chegar a entendimentos comuns naquelas que são as soluções preconizadas para o país”, reforçou ainda o responsável. Segundo Mário Centeno, são esses compromissos que têm sido e continuarão a ser honrados, não se colocando em causa, é claro, diz, a recuperação do país.
“Não temos plano A, nem plano B. Temos um mesmo plano para todos os dias da nossa governação, desenhado a pensar no futuro“, assinalou Centeno, realçando que o Governo não se deixará “iludir por ganhos fáceis ou efémeros”.
Administração Pública “com mais recursos”
“A administração tem hoje mais recursos e mais pessoal, particularmente na saúde”. Quem o diz é Mário Centeno, que refere que entraram no Sistema Nacional de Saúde (SNS) mais 8.500 profissionais. Apesar de reconhecer que ainda se sentem algumas necessidades, o governante reforça que, pelo menos, está a ser feito “um esforço” no sentido de as mitigar. “É verdade que temos mais 8.500 profissionais na saúde. A maior parte desta fatia são médicos. Não sei se são suficientes, mas sei que estamos a fazer o esforço no sentido indicado”, disse o governante.
Desse modo, o ministro das Finanças adianta que hoje a despesa com a saúde cresceu 700 milhões de euros, quando comparada com a de 2015. “Temos reforçado o número de profissionais da Administração Pública em áreas absolutamente centrais”, conclui o governante.
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