Exclusivo Novo Banco fecha mais 36 agências este mês. Saiba onde ?
Afinal, o Novo Banco vai encerrar mais 36 agências até final deste mês e os alvos já estão definidos. Seis balcões estão localizados na cidade de Lisboa, onde a prioridade é fechar onde o banco está presente em mais do que um sítio na mesma rua, de acordo com a lista a que o ECO teve acesso. Mas há encerramentos ao longo de todo o litoral do país, em alguns pontos no interior e mais um fecho na Madeira.
António Ramalho, CEO do banco, tem procurado acelerar o ajustamento da rede comercial do Novo Banco este ano em jeito de antecipação às metas acordadas com Bruxelas para 2021 — era só nesse ano que a instituição deveria ter 400 balcões, mas o objetivo estará muito próximo de ser alcançado.
O Novo Banco terminou 2017 com 473 balcões. Em abril, a instituição já havia procedido ao encerramento de 35 agências. Contando com os encerramentos deste mês, a administração do Novo Banco já promoveu o fecho de 71 balcões só em 2018. Ou seja, mais dois encerramentos e a meta negociada com as autoridades europeias fica já cumprida. Para já.
Tanto os funcionários como os clientes já foram informados destes fechos. Apesar dos encerramentos, não haverá extinção dos postos de trabalho — isto apesar de o Novo Banco ter em curso um programa de rescisões voluntárias e reformas antecipadas que deverá levar à saída de 440 trabalhadores este ano.
Neste caso, o que vai acontecer é que os trabalhadores vão mudar de local de trabalho (tendencialmente para a agência mais próxima) e, em algumas situações, poderá haver lugar a relegação no cargo (com o trabalhador a manter as condições contratuais).
Veja o mapa de encerramentos do Novo Banco ?
Antecipando as metas, o Novo Banco procura reduzir custos mais rapidamente e promover um ajustamento mais célere que permite voltar a ser rentável já no próximo ano. Caso contrário, mais encerramentos de balcões (e as saídas de trabalhadores) poderão estar ao virar da esquina.
O redimensionamento do Novo Banco surge na sequência do acordo com a Comissão Europeia para venda da instituição portuguesa ao Lone Star em outubro passado. O fundo norte-americano teve de injetar 1.000 milhões de euros para ficar com 75% do banco que nasceu da resolução do BES, em agosto de 2014 — com os restantes 25% a sobrarem para o Fundo de Resolução.
Depois dos prejuízos recorde de 1.400 milhões de euros em 2017, o Novo Banco ativou o mecanismo de capital contingente, o que implicou que o Fundo de Resolução tivesse de injetar 792 milhões de euros na instituição. Parte deste dinheiro veio do Tesouro público, que teve de emprestar 430 milhões ao Fundo.
Porém, se houver nova injeção capitais públicos, o banco vai ter de reduzir ainda mais a sua dimensão: ficou acordado entre o Governo e autoridades europeias o fecho de mais balcões (até 120) e a saída de mais trabalhadores (1.100), números que constam do documento em que Bruxelas fundamenta a aprovação da venda de 75% do Novo Banco ao fundo Lone Star.
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