Trabalhadores da Autoeuropa reclamam aumentos de 4%, 25 dias de férias e integração de 400 precários
Aumento salarial de 4%, 25 dias de férias e integração de 400 precários são algumas das reivindicações que a Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa vai apresentar à administração.
A Comissão de Trabalhadores (CT) do Parque Industrial da Volkswagen/Autoeuropa tem uma longa lista de reivindicações para apresentar durante as negociações com a administração da empresa. Quer aumentos de 4%, sábados e domingos pagos a duplicar, mas também mais dias de férias. E defende que seja feita a integração de 400 precários.
De acordo com o caderno reivindicativo para o próximo ano, a que o ECO teve acesso, os trabalhadores da fábrica de Palmela defende um aumento salarial de 4% “com um mínimo de 36 euros”. No âmbito do pacote remuneratório, e tendo em conta a laboração contínua, defendem o pagamento a duplicar aos sábados e domingos. Atualmente, os sábados são pagos como dia normal, salvo algumas exceções.
É defendida também a atualização dos prémios de desempenho, mas também a atribuição de um prémio de reconhecimento aos funcionários de “500 euros, pago em janeiro de 2019”.
Ao mesmo tempo, a CT pretende que a empresa aumente o número de dias de férias. Atualmente são 22 dias, como acontece na generalidade das empresas, mas os trabalhadores defendem 25 dias. Querem que todos os funcionários tenham direito a dois dias extra, sendo atribuído um terceiro no caso dos funcionários que não apresentem faltas.
Não há despedimentos. Querem 400 precários integrados
Ao mesmo tempo que pedem mais salários, prémios e férias, os trabalhadores querem garantir junto da administração da empresa que não haverá qualquer despedimento coletivo durante a vigência deste acordo que agora vai ser discutido, ou seja, durante o próximo ano. E pedem que mais trabalhadores sejam integrados nos quadros.
A proposta de caderno reivindicativo, que deverá ser discutida na próxima quinta-feira, dia 19 de julho, com os trabalhadores em plenário, prevê que a Autoeuropa se comprometa a converter “até setembro de 2019 a passagem de 400 contratos a prazo em contratos sem termo”.
Estas reivindicações acontecem numa altura em que a produção de automóveis na fábrica de Palmela está a acelerar à boleia do T-Roc. O SUV compacto da Volkswagen está a puxar pela produção de automóveis em Portugal que praticamente duplicou nos primeiros seis meses deste ano para um total de 154 mil unidades.
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