O guia do Barclays para sobreviver às eleições americanas
Norte, Sul, Este, Oeste. O Barclays tem as coordenadas para sobreviver às eleições desta terça-feira nos EUA. Seja qual for o vencedor.
Seja qual for o vencedor das eleições presidenciais norte-americanas, os estrategas do Barclays têm o mapa e a bússola através dos quais os investidores se devem guiar nos mercados. Trump na Casa Branca? Reduza o risco. Hillary sucede a Obama? Aposte no S&P 500, mas com cuidado porque os ganhos estão limitados a outros fatores externos.
No caso da vitória do candidato republicano, o melhor mesmo é proteger-se no imediato. O índice de referência S&P 500 deverá cair com estrondo para uma fasquia em torno dos 2.000 pontos — atualmente negoceia nos 2.131 pontos –, antes de recuperar até aos 2.100 pontos até final do ano. Mas isto sob a condição de a maior economia do mundo continuar a crescer de forma resistente.
O impacto de Trump como próximo presidente dos EUA não será tanto ao nível do índice no geral. Será antes sentido em determinados setores, dizem os analistas do Barclays. Por exemplo, setores como petrolífero, defesa e armamento e fast-food poderão até beneficiar com o republicano à frente da Casa Branca.
Se Trump vencer, o Barclays aconselha ainda a cortar a exposição aos mercados emergentes e dar prioridade a mercados asiáticos em vez dos europeus, norte-africanos ou do Médio Oriente. Neste particular, economias emergentes com elevados défices, como a África do Sul, devem estar fora dos radares dos investidores.
No caso (mais provável) de Hillary Clinton vencer, os analistas do banco britânico consideram que não são favas contadas. Haverá ganhos nos mercados, mas serão sempre limitados.
Isto porque há dois fatores principais que vão condicionar as estratégias dos investidores nos próximos tempos: a Reserva Federal norte-americana, que já deixou claro que pode subir as taxas de juro em dezembro; e ainda o referendo em Itália, a 4 de dezembro, com vista à reformulação da Constituição italiana, considerado um teste político ao Governo de Matteo Renzi.
Ainda assim, o mercado sinaliza setores como a Saúde, Consumo e Renováveis como áreas onde as empresas terão mais a ganhar com a candidata democrata no poder.
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