Empresas atentas aos termómetros. Comércio prevê pico na procura de ventoinhas e ares condicionados
O calor está a fazer subir os termómetros, mas não só. Também a procura por ventoinhas e ares condicionados está a aumentar. As empresas estão a preparar-se para um pico na procura.
Já começou agosto e o calor que ainda não se tinha feito sentir este verão parece estar agora a chegar em força. A partir desta quinta-feira, os termómetros vão aproximar-se dos 40 graus e as filas nas lojas de eletrodomésticos vão aumentar. Com as temperaturas de verão, muitos são aqueles que decidem comprar uma ventoinha ou colocar finalmente um equipamento de ar condicionado em casa. Para as empresas que comercializam este tipo de aparelhos, o verão começa agora e as expectativas para os próximos dias, marcados pelo onda de calor, estão altas.
Se há quem compre uma ventoinha para remediar e suportar os dias de calor, há também quem pense em investir num aparelho de ar condicionado, uma solução a longo prazo. O verão é uma época crucial, na medida em que o calor se traduz quase imediatamente num pico na procura e, consequentemente, nas vendas deste tipo de produto. “O efeito do calor faz com que haja a compra por impulso”, disse Vasco Horta Correia, Commercial & Marketing Manager da Mitsubishi Electric, ao ECO.
Para as empresas de aparelhos de ar condicionado, este verão tardou a chegar. “Ao contrário dos verões de 2017 e 2016, que registaram temperaturas muito altas, até ao meio de julho, o verão deste ano foi completamente atípico. Não havia calor, por isso a procura não estava a ser equivalente à dos verões passados”, avançou Vasco Correia.
Só a partir da segunda quinzena de julho é que a marca de ares condicionados começou a sentir um aumento na procura, típico dos meses de verão. Nos próximos dias, em que os termómetros vão registar temperaturas mais elevadas, a expectativa quanto às vendas é positiva, tal como é para todo o restante mês. “Estamos à espera que agosto seja um mês muito bom a esse nível”, disse.
Ainda assim, o responsável pelo marketing da Mitsubishi Electric, fez questão de ressalvar que o ar condicionado já não é um equipamento só para o verão. “O consumo de ar condicionado tem aumentado todos os anos, mesmo durante os anos da crise”, revelou. O mesmo considera a Samsung, que admitiu que cada vez mais estes aparelhos são procurados também no inverno.
No entanto, é inegável que o verão significa tempos de “ouro” para este tipo de empresa. Na Samsung, este ano o efeito do calor ainda não se fez sentir nas vendas de ares condicionados, que estão muito aquém das registadas no ano passado. Para Ricardo Martins, da Samsung, as vendas de ar condicionado tendem, de facto, a aumentar no verão, mas numa situação específica: quando as temperaturas à noite são também elevadas e, por isso, fazem que com as pessoas tenham dificuldades em dormir, porque a casa não arrefece. “Se esta situação persistir por mais do uma noite, as pessoas decidem arranjar uma solução para arrefecer a casa”, explica. Nesta linha de pensamento, a marca coreana está à espera que na próxima semana a procura finalmente dispare. “Vem aí uma semana com temperaturas à noite acima dos 20 graus, o que poderá sentir-se nas vendas”.
Noutras lojas do país, que comercializam aparelhos de climatização e arejamento do ar, o sentimento é parecido. “Assim que surgem os primeiros dias de calor a sério, o normal é que a procura por este tipo de artigos seja exponencial. Por este motivo, as vendas têm aumentado nos últimos dias, em função das notícias que circulam na comunicação social, mas o pico da procura esperamos que seja a partir de hoje“, revelou Alexandra Dias, do departamento de marketing da Media Markt. Até agora, as vendas deste tipo de equipamentos está abaixo das realizadas no ano passado.
No combate ao calor, as ventoinhas também contam
Ainda que o setor não alimentar não tenha um peso relevante no cabaz de oferta das lojas da cadeia Pingo Doce, a marca está atenta à subida dos termómetros. De acordo com Nuno Abreu, Media Relations Manager da Jerónimo Martins, a entrada da onde de calor faz prever o aumento destas vendas, um “comportamento habitual dos consumidores”. Quanto a campanhas promocionais, “as ventoinhas estiveram no folheto que vigorou até ao final do passado mês de julho com um desconto de 35%”, disse.
Quando questionada sobre o mesmo assunto, uma fonte responsável pelo Continente referiu que a marca “vende apenas pequenos equipamentos e só tem ventoinhas em algumas das lojas do país”, não tendo uma oferta nem um peso significativo nesse tipo de produto.
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