Desemprego baixa para 6,7% no segundo trimestre. É o valor mais baixo desde 2004

A taxa de desemprego trimestral mantém uma tendência de queda há dois anos. Está em mínimos de 14 anos.

A taxa de desemprego caiu para 6,7% no segundo trimestre do ano, abaixo da taxa de 7,9% que tinha sido registada no trimestre anterior. É preciso recuar até 2004 para encontrar um valor tão baixo. Os dados, divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), mostram que a taxa de desemprego trimestral mantém uma tendência de queda há dois anos.

Os dados mensais já permitiam prever esta queda do desemprego. A taxa fixou-se em 7,2% em abril e 7% em maio, o valor mais baixo dos últimos 16 anos, e o INE antecipa que tenha voltado a cair em junho, para 6,7%.

O instituto vem agora confirmar esta descida, que se mantém desde o segundo trimestre de 2016. No conjunto de abril a junho deste ano, a taxa fixou-se em 6,7%, o que representa uma queda de 1,2 pontos percentuais face ao trimestre anterior e de 2,1 pontos percentuais face a igual período do ano passado. E este é também um novo mínimo dos últimos anos. É preciso recuar até ao segundo trimestre de 2004, altura em que a taxa de desemprego estava nos 6,3%, para encontrar valores tão baixos do desemprego.

Ao todo, foram contabilizadas 351,8 mil pessoas desempregadas neste segundo trimestre, o que representa uma diminuição de 14,2% em relação ao trimestre anterior e de 23,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Ao mesmo tempo, a população empregada aumentou em 1,4% do primeiro para o segundo trimestre, fixando-se em 4.874.100 pessoas.

Desemprego está em mínimos de 2004

Também entre os jovens o desemprego está a diminuir para novos mínimos. No segundo trimestre, a taxa de desemprego da população entre os 15 e os 24 anos era de 19,4%, o valor mais baixo desde meados de 2009.

Mesmo a população considerada “subutilizada” — as pessoas que gostariam de trabalhar mais horas, inativos que procuram emprego mas não estão disponíveis para trabalhar ou que estão disponíveis mas não procuram emprego — está a diminuir. No final de junho, a taxa de subutilização do trabalho situou-se em 13,3%, um valor inferior em 1,9 pontos percentuais face ao trimestre anterior e em 3,3 pontos em relação ao segundo trimestre de 2017. Ao todo, havia 718,7 mil pessoas consideradas subutilizadas, uma queda de 13% em relação ao final de março.

Os números do desemprego caminham, assim, para valores abaixo dos objetivos que foram fixados pelo Governo para este ano. No Programa de Estabilidade, publicado em abril, o Governo fixou como meta alcançar uma taxa de desemprego de 7,6% em 2018, um objetivo que o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva, já admitiu que poderá ser superado. “Há todas as expectativas para podermos vir a ter um valor anual que seja inferior àquele que o Governo estimou”, disse o governante no final do mês passado. A verificar-se será mais uma ajuda para as contas públicas.

Algarve e Centro têm as taxas mais baixas

A queda do desemprego foi comum a todo o país, mas há regiões que se destacam. O Algarve e o Centro mantêm-se como as regiões com a taxa de desemprego mais baixa, de 5,3% em ambos os casos, um desempenho melhor do que a média nacional. Já Açores e Madeira têm as taxas mais elevadas, de 8,2% e 8,3%, respetivamente.

Quanto à variação, o Algarve foi também a região que registou a maior quebra em cadeia, de 2,3 pontos percentuais, seguido da Área Metropolitana de Lisboa, onde a taxa de desemprego caiu 1,4 pontos percentuais, para 7,2%.

Notícia atualizada às 11h46 com mais informação.

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