Queda do desemprego acompanhada de mais rendimento. Desde 2011 que salários não aumentavam tanto
O rendimento médio em Portugal aumentou para 887 euros no final de junho deste ano, registando a maior subida desde o primeiro trimestre de 2011.
O rendimento médio mensal líquido em Portugal aumentou para 887 euros no segundo trimestre deste ano. O valor representa não só um aumento significativo tanto em relação ao trimestre anterior como face ao mesmo período do ano passado, como é mesmo a maior subida homóloga desde o início de 2011.
Os dados foram publicados, esta quarta-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que deu conta de que a taxa de desemprego caiu para 6,7% no segundo trimestre deste ano, o valor trimestral mais baixo desde meados de 2004.
Para além desta redução, vários indicadores do mercado de trabalho registaram desempenhos positivos. O número de pessoas desempregadas reduziu-se em 23,7% em relação trimestre homólogo, a taxa de desemprego entre os jovens caiu para o valor mais baixo desde 2009, a população considerada “subutilizada” reduziu-se em 13% e a população empregada aumentou em 2,4% em termos homólogos.
A completar esta evolução positiva, os salários também estão a aumentar a um dos ritmos mais acelerados dos últimos anos. No segundo trimestre, o rendimento médio mensal líquido dos trabalhadores por conta de outrem foi de 887 euros, o valor mais elevado da série do INE, que recua até 1998.
Rendimento médio mensal líquido aumentou para 887 euros
Este montante representa um aumento de 11 euros ou de 1,26% em relação ao trimestre anterior. Já face ao segundo trimestre do ano passado, o rendimento médio aumentou em 36 euros, ou 4,23%. Esta é a maior subida desde o primeiro trimestre de 2011, altura em que o rendimento mensal médio aumentava em mais de 5%, para 816 euros.
Apesar da subida, os salários em Portugal continuam muito abaixo da média europeia. Segundo os dados recolhidos pelo Eurostat, o Luxemburgo era o país que, em 2016, registava os salários mais altos, com um salário médio anual liquido de 38.800 euros, o triplo do que era registado em Portugal nesse ano: 12.691 euros. Entre os países da União Europeia, Portugal fica abaixo do meio da tabela, com o 11.º salário mais baixo da região.
Lisboa tem os rendimentos mais altos
A Área Metropolitana de Lisboa mantém-se como a região com os rendimentos mais elevados, registando um rendimento médio mensal líquido de 1.025 euros no segundo trimestre, mais 4,4% do que há um ano, quando o rendimento médio era de 981 euros.
No campo oposto, a Região Autónoma dos Açores apresenta os salários mais baixos, com um rendimento médio mensal de 792 euros. Este montante representa até uma quebra de 0,2% em relação ao segundo trimestre do ano passado, quando o rendimento médio nos Açores era de 794.
O setor dos serviços continua a ser aquele com o rendimento médio mais elevado, de 918 euros (mais 4% do que há um ano), enquanto no setor da agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca o rendimento médio foi de apenas 662 euros (valor que, ainda assim, representa uma subida homóloga de 4,5%). Já no setor da indústria, construção, energia e água, o rendimento médio passou de 783 euros no ano passado para 820 euros no segundo trimestre deste ano.
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Queda do desemprego acompanhada de mais rendimento. Desde 2011 que salários não aumentavam tanto
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