Há cada vez mais pessoas a arrendar a mesma casa a estudantes e turistas
Muitos dos que pensavam investir em imóveis para colocar no alojamento local, com a evolução do mercado e a nova legislação reajustam as suas opções e optam por uma dupla utilização dos imóveis.
É um dois em um. Alugar a casa a estudantes durante o período letivo e depois, no verão a turistas. Esta é a opção de um número cada vez maior de proprietários, avança esta sexta-feira do Diário de Notícias (acesso livre). Esta dupla utilização já se registava o ano passado, mas a tendência está a crescer, sobretudo depois da mudança das regras do alojamento local.
Muitos dos que estavam a pensar investir em imóveis para colocar no alojamento local, com os ajustamentos do mercado e com a nova legislação reajustam as suas opções e optam por uma dupla utilização dos imóveis, explica ao Diário de Notícias Eduardo Miranda, presidente da Associação do Alojamento Local em Portugal (ALEP). O responsável considera que ainda a perceção de que a oferta de alojamento nas zonas mais centrais de Lisboa e do Porto, e a sul do país, é agora bastante mais elevado face a alguns anos e o número de turistas não via continuar a acrescer indefinidamente.
“É natural que comecemos a ter pessoas a repensar os projetos e a verificar alternativas e outras possibilidades de negócio”, disse Eduardo Miranda ao DN/Dinheiro Vivo, acrescentando que as alternativas estão nos outros protagonistas de estadias de curto prazo: estudantes, nacionais ou estrangeiros, e pessoas que se deslocam por um curto período de tempo por motivos profissionais.
Em julho de 2017 havia no país cerca de 55 mil registos de alojamento local; hoje são quase 73 mil — dos quais 18.719 estão em Lisboa e 8.361 no Porto.
A Uniplaces, especializada em arrendamentos para estudantes, confirma o crescimento desta tendência que se reflete nos resultados da empresa: este ano tem por meta atingir os cem milhões de euros em contratos de arrendamento – o dobro do valor registado em 2017.
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