Mais de metade das baixas médicas na educação eram fraudulentas
Foram feitas seis mil juntas médicas no ano passado, que concluíram que mais de metade das baixas médicas atribuídas no setor da educação eram "incorretas".
Mais de metade das baixas médicas atribuídas no setor da educação, que foram fiscalizadas no ano passado, revelaram-se fraudulentas. A informação é avançada pelo Jornal de Negócios (acesso pago), que cita o relatório da Comissão Europeia sobre a oitava avaliação pós-programa de ajustamento, publicado na quarta-feira.
No relatório, Bruxelas indica que as iniciativas anunciadas para a redução do absentismo na função pública já começaram a ser implementadas, e refere a educação como exemplo. “Isto inclui a verificação de cerca de seis mil juntas médicas no setor da educação final de 2017, para identificar baixas médicas incorretas, o que contribuiu para o regresso ao trabalho de mais de metade dos casos analisados“, pode ler-se no documento.
Para este ano, entre os meses de março e agosto, estavam planeadas mais seis mil fiscalizações. Para além disso, será implementado um novo sistema de monitorização do absentismo.
Apesar destas medidas que têm contribuído para “poupanças e ganhos de eficiência”, a Comissão Europeia continua a exigir novas medidas para alcançar as “poupanças substanciais planeadas para os próximos anos”.
Ao mesmo tempo, o aumento da fiscalização não tem travado as baixas médicas. Nos primeiros três meses deste ano, a Segurança Social registou cinco mil pedidos de baixas médicas por dia, mais 800 do que no período homólogo e o valor mais elevado dos últimos 20 anos.
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