Redes sociais, mas também as tensões comerciais, pressionam Wall Street
As bolsas norte-americanas abriram no vermelho. Oficiais do Facebook e Twitter vão ser interrogados no Congresso, na véspera do dia em que Donald Trump poderá avançar com mais tarifas contra a China.
Wall Street abriu em baixa, num dia em que oficiais do Facebook e do Twitter vão ser interrogados no Congresso sobre os alegados esforços da Rússia na manipulação das eleições. As bolsas também estão a ser pressionadas por receios em torno da guerra comercial e por dados pouco animadores da balança comercial norte-americana.
Neste contexto, o S&P 500 desvaloriza 0,23%, para 2.890,15 pontos. O industrial Dow Jones recua 0,20%, para 25.899,5 pontos. O tecnológico Nasdaq perde 0,21%, para 8.074,65 pontos. As bolsas norte-americanas seguem, assim, a tendência da generalidade das praças europeias.
As ações do Facebook e do Twitter estão sob pressão, num dia em que se vão fazer representar no Congresso para uma sessão de perguntas sobre a alegada influência da Rússia nas eleições. As autoridades dos Estados Unidos têm indícios de que agentes ligados ao Kremlin têm usado as plataformas destas empresas para manipular o eleitorado.
Assim, os títulos do Facebook caem 0,48% para cerca de 170,36 dólares, enquanto as ações do Twitter derrapam 2,21% para 34,07 dólares. Estas quedas estão a contaminar as cotações de outras empresas do mesmo setor, como é o caso da Snap Inc. A dona do Snapchat desvaloriza 1,82%, para 19,40 dólares cada título.
A sessão vai ficar marcada pelos receios em torno da guerra comercial com a China. Uma proposta de tarifas aduaneiras sobre as importações chinesas, no valor de 200 mil milhões de dólares, vai expirar esta quinta-feira. O Presidente Donald Trump estará determinado em fazer avançar a medida, assim que acabe este prazo.
Simultaneamente, os investidores estão a reagir aos dados desanimadores sobre a balança comercial dos Estados Unidos. O défice do país atingiu um máximo de cinco meses em julho, numa altura em que as exportações de soja e de aviões recuaram e as importações atingiram um máximo histórico. As empresas mais sensíveis às questões comerciais estão a perder valor em bolsa, como é o caso da fabricante Boeing. Está a desvalorizar 0,41%, para 344,83 dólares por ação.
Já a Nike, que assistiu esta terça-feira a uma campanha de boicote por causa de uma campanha publicitária polémica, está a recuperar das perdas registadas na última sessão. Esta quarta-feira, os investidores parecem estar mais calmos: os títulos da marca recuperam 0,24% para 79,79 dólares.
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