“TAP não vai financiar aeroporto do Montijo”, diz Antonoaldo Neves
Antonoaldo Neves deixa claro: não será a TAP a financiar o aeroporto do Montijo. A subida das tarifas na Portela para esse efeito seria ilegal, garante o presidente executivo.
O presidente executivo da TAP reconhece que a construção do novo aeroporto do Montijo é urgente, mas garante que não será a transportadora portuguesa a financiar esse projeto. Em entrevista ao Expresso (acesso pago), Antonoaldo Neves adianta que, se houver qualquer tentativa nesse sentido, a empresa irá para os tribunais. “A gente vai às últimas consequências contra isso”, assegura o gestor.
“[O aeroporto Humberto Delgado está] totalmente esgotado”, salienta Neves, referindo que o investimento nas novas infraestruturas tem de ser feito com urgência.
Questionado sobre a possibilidade de haver um “colapso total” do aeroporto da Portela no próximo ano, o responsável responde afirmativamente e nota: “O meu medo é 2020 sobretudo”.
O gestor avança, contudo, que a TAP “terá de continuar” nesse aeroporto, isto é, para a companhia o Montijo trará benefícios apenas no sentido em que essas novas instalações funcionarão como “válvula de escape” para o aeroporto Humberto Delgado.
Deste modo, Neves faz questão de deixar claro que “a TAP não vai financiar o Montijo”, salientando ainda que “é ilegal subir as tarifas na Portela para pagar” esse projeto. “Se isso acontecer, vamos recorrer aos tribunais, a gente vai ás últimas consequências contra isso”, assegura.
O presidente executivo da empresa portuguesa explica que já há “conversas informais” sobre essa subida, mas reforça que tal seria “ilegal” e problemático, até porque Lisboa já é “o segundo aeroporto mais caro” para a TAP.
15 novas rotas e 15 novos aviões
Em entrevista ao Expresso, Antonoaldo Neves aproveitou ainda para revelar que o “potencial da TAP é muito maior do que” se tinha imaginado. De acordo com o gestor, a empresa deverá chegar aos 130 aviões até 2025, ou seja, deverá duplicar a sua dimensão.
Para já e até ao final do próximo ano, a transportadora vai ter mais 15 aviões. É a primeira vez na história da companhia que se adicionam tantas aeronaves num ano só, sublinha o responsável.
Além disso, haverá “um pico de contratações este ano e no próximo”. Até 2025, o número de pilotos passará de 1.000 para 1.800 e o número de comissários de 3.000 para 5.500.
Quanto ao número de rotas, deverão ser disponibilizadas três novas a partir do Porto e onze a partir de Lisboa. O voo Porto/Newark passará, por sua vez, a diário. No total, estão assim em causa 15 novas rotas, diz Neves.
“O maior desafio da TAP é preparar a TAP para entregar de forma excelente um volume de crescimento brutal”, conclui o gestor.
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