De “orçamento garantido” e “equipas montadas”, Paula Amorim está sozinha na corrida à Comporta
O consórcio liderado pela empresária Paula Amorim garante estar pronto para entregar uma proposta vinculativa pela Comporta até ao dia 20 de setembro.
O consórcio formado pelo fundo Oakvest, a Portugália e a Sabina Estates desistiu formalmente, esta quarta-feira, do novo processo de venda da Herdade da Comporta. No mesmo dia, segundo avança o Jornal de Negócios, o investidor francês Louis-Albert de Broglie, que concorria a este processo com a Global Asset Capital Europe (GAC), também desistiu. Sem novos candidatos conhecidos, e a uma semana do prazo para a entrega de propostas, sobra apenas um: o consórcio Vanguard Properties / Amorim Luxury, liderado pela empresária Paula Amorim, que passa, assim, a ser o único concorrente à compra do Fundo Especial de Investimento Imobiliário Fechado (FEIIF), o fundo que detém os ativos imobiliários à venda. Ao ECO, este consórcio garante está pronto para avançar e cumprir todos os prazos.
No comunicado enviado esta manhã, o consórcio Oakvest/Portugália justifica que não aceitou abdicar do direito de contestar o processo de venda da Comporta, uma vez que isso coloca em causa os seus “direitos legais”. Para além disso, afirma não ter tido acesso às regras do novo concurso de venda dos ativos da Comporta, apesar de ter pedido esclarecimentos junto da Gesfimo, sociedade que gere os ativos à venda.
O mesmo aponta agora Louis-Albert de Broglie. “A menos de oito dias da data de entrega de propostas”, o investidor francês diz continuar a não ter acesso ao data room da Comporta e, por isso, considera que “não estão reunidas as mínimas condições de transparência, profissionalismo e boa-fé exigíveis num processo desta natureza e dimensão”.
O único consórcio que se mantém na corrida, por seu lado, diz estar pronto para finalizar o processo. “Estamos a terminar a due dilligence, que será terminada provavelmente na sexta-feira. Temos o orçamento garantido, temos as equipas montadas e estamos em condições de apresentar a proposta, com a demonstração de fundos, no dia 20 de setembro“, adianta ao ECO José Cardoso Botelho, diretor-geral da Vanguard Properties.
O novo processo de venda da Comporta foi lançado no mês passado, depois de o último processo ter falhado, com a rejeição, por parte da grande maioria dos acionistas do FEIIF, da proposta do consórcio Oakvest/Portugália, que tinha sido escolhido pela Gesfimo para iniciar negociações exclusivas. Os interessados passaram então a ter até 15 de setembro para apresentar a due dilligence e até ao dia 20 de setembro para entregar as propostas vinculativas.
Apesar de o novo processo estar aberto a todos os interessados na herdade, e não apenas aos três que participaram no último processo, não há, que se conheçam, novos candidatos. Várias entidades terão sido convidadas para a analisar a compra da Comporta, mas terão rejeitado.
Assim, o consórcio Vanguard Properties/Amorim Luxury mantém a perspetiva de vencer a compra da Comporta. “Agora é que é altura de ver quem estava seriamente neste processo”, afirma José Cardoso Botelho. “O mais importante estará terminado, o que nos permitirá cumprir na íntegra a data de dia 20. Às 15 horas, lá estaremos com a nossa proposta”, conclui.
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