Wall Street em queda. Tecnológicas pressionam
Dow Jones cede ligeiramente após atingir máximos históricos. Mas é o setor tecnológico quem mais pressiona as bolsas norte-americanas.
Depois de um rally inesperado nas bolsas norte-americanas na sequência da eleição de Donald Trump, Wall Street regista hoje uma sessão de descompressão. As quedas nos principais índices são ligeiras com os investidores numa pausa para avaliarem o impacto que poderão ter as políticas do futuro inquilino da Casa Branca.
“O mercado norte-americano está a reavaliar sobre o que Trump representa”, referiu Paul Wildman, analista da Avalon Capital, à Bloomberg. “Não penso que seja terrível para o negócio apesar de talvez representar algum protecionismo. O mercado está preocupado não apenas com uma possível subida dos juros em dezembro, está a olhar para o próximo ano e a pensar que a Fed poderá subir mais duas ou três vezes as taxas”, acrescentou.
Neste cenário, o S&P 500, o índice de referência mundial, descia 0,36% para 2.159,75 pontos, na primeira sessão de perdas desta semana. O industrial Dow Jones perdia ligeiros 0,4%, depois de ter alcançado uma fasquia recorde na sessão desta quinta-feira. Mas era o setor tecnológico que registava as quedas mais acentuadas: o Nasdaq perdia 0,43% com as ações das grandes companhias da indústria a cair mais de 1%, caso da Apple, Amazon.com e do Facebook.
"O mercado norte-americano está a reavaliar sobre o que Trump representa. Não penso que seja terrível para o negócio apesar de talvez representar algum protecionismo. O mercado está preocupado não apenas com uma possível subida dos juros em dezembro, está a olhar para o próximo ano e a pensar que a Fed poderá subir mais duas ou três vezes as taxas.”
Ainda no plano empresarial, as ações da Walt Disney cediam mais de 2% depois de ter apresentado uma perspetiva de resultados que dececionou a expectativa do mercado.
De acordo com uma nota do Goldman Sachs, há setores da economia que vão beneficiar mais com a presidência de Trump. É o caso do setor financeiro e da saúde, industrias que poderão beneficiar do anúncio de reversão de algumas políticas implementadas por Barack Obama. A promessa de Trump em relação a uma aposta nas infraestruturas significa ainda que o setor relacionado com a produção de matérias-primas para a construção de obras públicas poderá sair a ganhar.
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