Televisão da Meo mais cara. E a culpa é do futebol
A partilha dos direitos televisivos da primeira liga de futebol vai ser suportada pelos clientes. O custo do acordo assinado no verão levará a aumento dos preços, anunciou a Altice, dona da Meo.
O custo do acordo de partilha de direitos desportivos, assinado este verão pela Meo, Nos, Vodafone e Cabovisão (agora, Nowo), deverá ser suportado pelos consumidores e já no quarto trimestre deste ano. A informação foi avançada pelo diretor financeiro da Altice, Dennis Okhuijsen, durante a conferência telefónica com analistas após a apresentação de resultados.
Segundo o administrador da Altice, os custos operacionais relacionados com o acordo ainda não se refletiram nos resultados do terceiro trimestre, mas isso vai acontecer “daqui para a frente”: “A partir do quarto trimestre, vamos passar esse custo para o cliente para refletir o elevado custo do conteúdo e o serviço significativamente melhorado”, sublinhou Dennis Okhuijsen.
Ainda assim, explicou, não deverá haver um impacto significativo na estabilidade das contas do grupo, tendo em conta que a Altice prevê que as operadoras concorrentes “façam o mesmo”. Antes, Dennis Okhuijsen tinha classificado o acordo de “excelente”, pois “significa que todos os consumidores portugueses poderão aceder aos principais conteúdos desportivos, enquanto a concorrência permanece vibrante”.
A partilha de direitos televisivos diz respeito às transmissões dos jogos de futebol da primeira liga e o acordo foi assinado pelas quatro operadoras a 26 de julho deste ano. Por exemplo, na prática, os clientes da Meo continuaram a ter acesso à Benfica TV, ao mesmo tempo que os da Nos voltaram a poder ver o Porto Canal. Isto aconteceu depois de um baço de ferro em que a Meo retirou o canal azul e branco da grelha da Nos, com esta última a ameaçar remover a Benfica TV e a Sporting TV do serviço da Meo.
Esta quinta-feira, a Altice apresentou receitas consolidadas de 577,6 milhões de euros com a Meo no terceiro trimestre, uma descida de 0,7% em relação aos mesmos três meses de 2015. A quebra nas receitas é justificada com impactos regulatórios pelo grupo francês.
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