PT avança com cortes em 19 chefias da área operacional

A PT Portugal vai cortar a função de chefia a 19 trabalhadores da área operacional da empresa, uma redução que incide também sobre os complementos salariais, sabe o ECO.

A PT Portugal (PT) vai fazer cortes na área operacional do grupo, confirmou ao ECO o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Grupo Portugal Telecom (STPT), Jorge Félix. A medida incide “principalmente” sobre “algumas chefias” ao nível das primeiras e segundas linhas, que vão deixar de exercer essas funções.

A esta redução fica associado um corte nos complementos variáveis dos salários de “cerca de 19 chefias na área do DOI [Direção de Operações de Cliente e Infraestrutura]”, avançou Jorge Félix. “Cortando a função de chefia, os complementos que lhe estão agregados são cortados. Não é generalizado, mas a empresa está a sofrer uma grande reestruturação e, de facto, a situação das cheias tem vindo a ser reduzida mas várias frentes”, acrescentou.

A medida terá sido comunicada aos trabalhadores esta terça-feira, com “o compromisso” de os vir a “integrar em novas funções compatíveis com as suas responsabilidades e capacidades”, disse Jorge Félix. “De qualquer maneira, aquele complemento que tinham por serem chefias da direção operacional da DOI são perdidas, como já outros perderam quando deixaram de ser diretores”, reiterou.

Os complementos que tinham por serem chefias da DOI são perdidos, como já outros perderam quando deixaram de ser diretores, ou como houve ao longo destes tempos, desde que a Altice assumiu a responsabilidade da gestão.

Jorge Félix

Presidente do STPT

Estes cortes salariais, por estarem afetos “a uma função” que não corresponde a uma categoria — “não há uma categoria de chefe”, indicou Jorge Félix –, a medida é, “por princípio”, legal. O cargo não corresponde assim à categoria do trabalhador, que terá um ordenado base consoante essa mesma categoria: “Será um quadro superior, será um consultor. E a empresa não mexe no valor base que corresponde à categoria, porque é ilegal”, explicou o presidente.

Não é a primeira vez que a PT procede a cortes deste género. Segundo Jorge Félix, desde que a Altice assumiu responsabilidade sobre a empresa em meados do ano passado que foram cortados “cerca de 30%” dos cargos de chefia em primeiras e segundas linhas, “com alguns prejuízos”: “Alguns colegas chegaram a rescindir com a empresa, outros continuaram”, avançou. Agora, “aguardamos e esperamos que essas pessoas sejam respeitadas na sua categoria, no seu desempenho e, porventura, não venham a ser prejudicadas fortemente nos seus princípios, nos seus direitos”, indico.

O ECO contactou a PT, mas não obteve resposta a tempo da publicação deste artigo.

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