Oi recebe três ofertas pela Timor Telecom
A operadora brasileira tem três ofertas "firmes e vinculativas". O grupo Investel e ETO estão na corrida.
A brasileira Oi recebeu três ofertas “firmes e vinculativas” para compra da sua participação na Timor Telecom, devendo uma decisão ser tomada “relativamente rápido” sobre a venda, confirmou à Lusa fonte do processo.
Duas das três ofertas foram feitas por grupos liderados por empresários timorenses e a terceira por um fundo de pensões das Fiji, tendo todas sido apresentadas antes do limite do prazo que terminou na passada sexta-feira.
Os dois timorenses interessados no negócio são Abílio Araújo, responsável do grupo Investel – que tem sócios e capital do Médio Oriente – e Nilton Gusmão, responsável do grupo ETO.
Até ao momento não se conhecem quaisquer pormenores das ofertas, tendo Abílio Araújo afirmado à Lusa que acredita no sucesso da sua “proposta e do valor oferecido” que está “fortemente apoiado por capitais próprios e garantia bancária confortável”. Não foi possível à Lusa obter qualquer comentário de Nilton Gusmão sobre a sua oferta.
“Espera-se que uma decisão seja tomada relativamente rápido”, disse fonte próxima ao processo.
Em causa está a maior fatia de capital da TT (54,01%), controlada pela sociedade Telecomunicações Públicas de Timor (TPT) onde, por sua vez, a Oi controla 76% do capital, a que se soma uma participação direta da PT Participações SGPS de 3,05%.
Os restantes acionistas da TPT são a Fundação Harii – Sociedade para o Desenvolvimento de Timor-Leste (ligada à diocese de Baucau), que controla 18%, e a Fundação Oriente (6%).
Na TT, o capital está dividido entre a TPT (54,01%), o Estado timorense (20,59%), a empresa com sede em Macau VDT Operator Holdings (17,86%) e o empresário timorense Júlio Alfaro (4,49%).
A operação poderá representar o início de uma reconfiguração do mercado de telecomunicações em Timor-Leste — que especialistas dizem estar saturado com os atuais três operadores.
Além da Timor Telecom, a primeira a estabelecer-se no país, operam no país a indonésia Telkomcel e a vietnamita Telemor, ambas estatais.
Fontes do setor confirmaram há Lusa que estão a decorrer outros contactos que podem “redefinir o mercado das telecomunicações” no futuro.
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