Viajar sem gastar dinheiro? Sim, é possível. Saiba como

A resposta é: trabalhar e viajar simultaneamente. Ser influenciador digital nas redes sociais ou dar aulas de inglês são alguns exemplos, que se juntam ao trabalho como freelancer.

Viajar e ganhar dinheiro podem ser verbos que, à partida, não são muito usados na mesma frase. No entanto, graças a plataformas de partilha de casa, como o Airbnb e o CouchSurfing, visitar outras cidades e países tornou-se mais barato. Pode conseguir poupar algum dinheiro, mas então como se ganha dinheiro a viajar?

A resposta é: a trabalhar simultaneamente. Hoje em dia, é possível conhecer novas culturas ao mesmo tempo que se trabalha por um “ordenado”. O ECO reuniu sete formas de viajar, por duas semanas ou até por anos, enquanto se recebe dinheiro.

1. Hello. I’m the new english teacher

Para quem domina o inglês, esta pode ser uma das formas mais fáceis e económicas de viajar. A Ásia, o Médio Oriente e a América Latina são as regiões onde é mais fácil encontrar um trabalho como professor de inglês, sem ser necessário saber falar o idioma local.

As escolas de línguas mais tradicionais, espalhadas por todo o mundo, também procuram professores de inglês, nativos ou com formação. Neste caso, ainda que nem todas as escolas o peçam, um certificado como o Teaching English as a Foreign Language (em português, ensinar inglês como língua estrangeira) pode ser uma mais-valia.

De acordo com o Business Insider (acesso livre, conteúdo em espanhol), no Japão, o salário pode chegar aos 36.000 dólares, o equivalente a cerca de 31.000 euros, por ano. Já nos Emiratos Árabes Unidos, o vencimento poderá atingir os 45.000 dólares por ano, cerca de 39.000 euros.

Se o inglês não for o seu forte, pode procurar escolas onde também ensinem português.

2. Trocar seguidores por voos

O Instagram, em especial, está atualmente cheio de influencers. Têm milhares de seguidores e ganham centenas de euros por cada publicação que fazem nas redes sociais. Publicidade a produtos e hashtags com marcas fazem parte de um novo tipo de marketing, que utiliza os “famosos” das redes sociais para difundir mensagens.

Ora, com um número considerável de seguidores, é possível transformar essa “influência” em bilhetes de avião, jantares ou estadias em hotéis. Jack Morris e Lauren Bullen são um exemplo disso. O casal viaja pelo mundo e mostra-o através do Instagram, onde cada fotografia que publica rende entre 2.800 e 8.500 euros, graças aos quase três milhões de seguidores.

No ano passado, Morris contou à Cosmopolitan (acesso livre, conteúdo em inglês) que chegou a ganhar 9.000 dólares (o equivalente a 7.750 euros) por uma única publicação. Normalmente, o casal cobra por promover marcas e locais nas suas redes sociais.

3. Escrever um guia de viagens ou um livro

Viver a cultura, conhecer a gastronomia ou experienciar um hotel são tarefas que parecem diversão, mas neste caso fariam parte do seu trabalho. No entanto, pode não parecer, mas os investigadores e escritores de guias sobre viagens dizem que pode ser, também, um trabalho bastante duro. Há que cumprir prazos e, muitas vezes, trabalhar 12 a 14 horas diárias.

Produzir relatórios e artigos, elaborar mapas dos sítios que visitam e adicionar dados estatísticos são algumas das tarefas destes profissionais. Num artigo do New York Times (acesso livre, conteúdo em inglês), sobre a vida dos escritores de guias de viagens, Warren St. John disse que a chave neste trabalho é que “escrever guias de viagem não é ir de férias“.

4. Em busca de peças únicas

Esta opção requer algum capital inicial, de modo a poder entrar no comércio de importações e exportações. A ideia é dirigir-se a países mais exóticos em busca de produtos locais, diferentes e feitos à mão, que possam atrair os apreciadores de viagens do seu país de origem. O ideal é que sejam produtos característicos de certas localidades, peças únicas que não se podem comprar noutros sítios.

Posteriormente, a venda pode ser feita a lojas, colecionadores ou em plataformas de comércio eletrónico, como eBay ou Amazon.

5. Au pair por uns meses

Uma au pair é uma espécie de babysitter, mas que vive com uma família durante um período determinado e cuida dos seus filhos. Em troca, recebe alojamento, comida e também um salário. A maioria são estudantes ou recém-graduados e muitas das famílias não requerem o idioma nativo, preferem, aliás, que as au pairs falem inglês com as crianças.

Au Pair World é um dos vários sites onde pode dar início ao processo. Na Austrália, por exemplo, o número de famílias que recorrem a au pairs duplicou nos últimos dois anos, consequência das vidas cada vez mais ocupadas e modernas das famílias, avança o The Australian (acesso livre, conteúdo em inglês).

6. Tudo o que faz cá… Mas à distância

É uma das características que mais atrai os freelancers, o facto de puderem trabalhar em qualquer sítio. Hoje em Portugal, amanhã na Índia e depois na Argentina. Basta ter um computador portátil consigo e internet. Fiverr e Upwork são alguns sites direcionados para freelancers à procura de novas oportunidades de trabalho.

Será mas fácil se o candidato já tiver experiência com tarefas semelhantes, nomeadamente programação, desenho gráfico, escrita, tradução ou edição, competências geralmente pedidas. Depois de selecionado, pode começar a trabalhar ainda antes de começar a viagem e, futuramente, estará a ganhar dinheiro sentado num café de praia, num país a largos quilómetros.

7. Ser agricultor pelo mundo

Normalmente são voluntários e estão durante um período determinado numa quinta com outros viajantes. Trabalham na colheita de várias espécies frutícolas, consoante a altura do ano, e, em troca, dão-lhes alojamento e comida. As condições são, geralmente, flexíveis, o que faz com que sejam os voluntários a decidir quanto tempo querem ficar a trabalhar ali. Depois de terminar uma das colheitas, será mais fácil de encontrar a seguinte.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

Viajar sem gastar dinheiro? Sim, é possível. Saiba como

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião