Lime quer pôr Portugal a andar de trotineta. Depois de Lisboa, carrega baterias para o Porto

A Lime ainda se está preparar para trazer para Lisboa o seu serviço de trotinetas partilhadas, mas já tem debaixo de olho quatro outras cidades portuguesas: Porto, Aveiro, Braga e Sintra.

O lançamento da Lime em Lisboa ainda não tem data fechada, mas este serviço de trotinetas elétricas partilhadas já está a fazer mira a quatro outras cidades portuguesas. Em conversa com o ECO, o diretor-geral da empresa para Portugal adianta que se devem seguir o Porto, Aveiro, Braga e Sintra. Marco Pau explica que, primeiro, é preciso negociar com os municípios, mas antecipa que a expansão deverá acontecer já este ano.

“Vamos expandir o serviço a várias outras cidades ainda este ano. Temos em vista o Porto, Braga, Aveiro e Sintra”, avança o responsável, que explica que a chegada à capital justificou-se pela “grande concentração” de automóveis nessa região.

Marco Pau, diretor geral da Lime para Portugal.Lime

Antes de se aventurar no norte do país, a Lime disponibilizará, para já, 200 a 400 scooters em Lisboa, cobrando 15 cêntimos por minuto de utilização, aos quais se soma um euro inicial para “desbloquear” a trotineta.

O processo de utilização é simples. O cliente usa ao mapa apresentado na aplicação móvel para encontrar o veículo mais próximo, que, depois, “desbloqueia” ao ler com o seu smartphone o código QR nele presente.

Uma vez concluída esta etapa, o serviço tem por base um sistema free-float, no qual o utilizador pode recolher e deixar a trotineta em qualquer local do perímetro preestabelecido. No final da viagem, o cliente terá apenas de tirar uma foto ao equipamento e inseri-la na aplicação para “bloquear” novamente a trotineta elétrica.

“As nossas scooters são diferentes das já existentes na cidades. Estamos a falar de trotinetas elétricas. Não temos concorrentes neste momento”, assegura o diretor-geral. Além das da Lime, em outubro, chegam às ruas lisboetas as trotinetas elétricas da Iomo.

Proibido estacionar no centro histórico lisboeta

Centro histórico está fora dos limites para os utilizadores da Lime.Associação Turismo de Lisboa

“Uma das prioridades da Lime é construir um diálogo com os municípios”, garante Marco Pau. Daí que, nas últimas semanas, a empresa norte-americana tenha estado em negociações com a Câmara de Lisboa para definir as áreas de operação e estacionamento.

Nesse sentido, ficou assente que as “áreas históricas de Lisboa” estarão protegidas: nenhuma das 90 estações nas quais, todas as manhãs, são disponibilizadas as trotinetas estão localizadas nesta região mais central da cidade, nem se podem deixar nesta zona os veículos em causa. “Também porque nesta área há muito trânsito e poderia ser perigoso”, acrescenta Pau.

“Estamos a trabalhar com o município para saber onde deixar as trotinetas todas as manhãs. Há áreas que são protegidas, áreas históricas, em que, por exemplo, não se podem deixar as scooters“, nota o responsável.

Pagar para andar ou receber para carregar

Lime já recrutou mais de 100 juicers em Lisboa.Lime (Facebook)

Além de poder experimentar a Lime como utilizador, poderá usufruir do serviço enquanto juicer e fazer algum dinheiro. “O programa de juicers permite aos cidadãos comuns recolherem as trotinetas para as carregarem durante a noite”, avança o diretor-geral.

O serviço criado em 2017 já conta com 100 juicers em Lisboa, estimando-se um “crescimento exponencial” nos próximos meses (o recrutamento é feito através da própria aplicação móvel). “É uma forma de envolver a comunidade local”, reforça Pau.

Ao ECO, o responsável avança também que cada juicer pode ganhar com este serviço “entre cinco a dez euros”.

Criada em janeiro de 2017, a Lime foi uma das pioneiras no serviço de partilha de bicicletas e trotinetas elétricas. Por isso, nos últimos meses, tem conseguido chamar a atenção de nomes tão sonantes do mundo da tecnologia como o da Google e o da Uber, empresas das quais tem mesmo conseguido financiamento e apoio.

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