Inflação acelera em Portugal. Passa meta do BCE na Zona Euro
Setembro trouxe um aumento dos preços em Portugal, mas também na área do euro, onde a inflação ultrapassou a meta do BCE.
Em Portugal, o Índice de Preços no Consumidor (IPC) subiu 1,4% em setembro, face ao mesmo mês de 2017, acelerando face à variação de 1,2% em agosto, segundo uma estimativa do Instituto Nacional de Estatística (INE). A mesma tendência verificou-se na Zona Euro, tendo a inflação ultrapassado a meta estabelecida pelo Banco Central Europeu (BCE). Os preços subiram 2,1%.
A taxa de inflação em Portugal subiu 1,4%, sendo que a variação homóloga estimada do indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) situou-se em 0,9%, quando em agosto tinha sido de 0,6%.
Quanto ao índice relativo aos produtos energéticos, terá registado uma diminuição da taxa variação homóloga de 7,4% em agosto para 7,0% em setembro, diz o INE. Ou seja, a culpa foi do preço da energia, numa altura de máximos do petróleo nos mercados internacionais.
Inflação passa meta do BCE na Zona Euro
Na Zona Euro, a taxa de inflação anual subiu para os 2,1% em setembro, face aos 2,0% do mês anterior, segundo a estimativa do Eurostat. De acordo com o gabinete de estatísticas da União Europeia (UE), também aqui foi o setor da energia aquele onde os preços mais subiram em setembro (9,5%, face aos 9,2% no mês anterior), seguindo-se o da alimentação, álcool e tabaco (2,7%, acima dos 2,4% de agosto).
A inflação passou assim a meta do BCE, que tem como missão controlar os preços na região da moeda única com o objetivo de manter a inflação “próxima, mas abaixo de 2%”.
A instituição prevê que a taxa de crescimento dos preços se situe nos 1,7% entre este ano e 2020, previsões revistas na última reunião do Conselho de Governadores e que cortaram as estimativas para o crescimento da economia nos próximos anos perante o impacto do protecionismo e do aumento da volatilidade nos mercados financeiros.
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